São S. do Passé: Vereadores esvaziam sessão após recusa de presidente em votar orçamento da prefeitura para 2016

Um fato curioso chamou a atenção do público que acompanhou a última sessão ordinária da Câmara de Vereadores, realizada na terça-feira (27). Dos 13 vereadores que compõem a casa, 12 chegaram a comparecer, mas sete vereadores abandonaram a sessão, e apenas cinco ficaram no plenário. A polêmica começou após os vereadores discordarem da pauta de votação.

Segundo o presidente da Casa, vereador Jorge dos Correios, alguns vereadores teriam enviado na manhã de terça um requerimento solicitando o julgamento das contas da ex-prefeita Tânia Portugal, no ano de 2012, e do atual gestor Janser Mesquita, do exercício de 2013, além do orçamento da prefeitura para 2016. Há quem diga que alguns vereadores ficaram chateados pela decisão do presidente que recusou votar o projeto do orçamento da prefeitura, com previsão de receitas e gastos em torno de R$ 114 milhões.

Segundo informações, os vereadores que teriam abandonado a sessão foram Fábio Argolo, José Carlos Teixeira, Conceição das Terras, Marcelo Do PT, Pedro Araújo, Jai da Jangada e Joel do Gás. “A questão das contas do ex-gestor e do atual é só uma maquiagem. Eles não tiveram coragem de pedir para votar o orçamento. Eles estão se escondendo atrás das contas. Será que o vereador vai ter coragem de pegar o microfone e dizer ao presidente para votar logo o orçamento? Temos até 15 de dezembro para votar. Se não der tempo, a gente vai emendando as sessões até terminar o orçamento”, disse Jorge dos Correios, em entrevista ao programa Baiana Livre.

Ainda segundo presidente, o projeto ainda está sendo analisado pela Comissão de Orçamento da Casa e que o prazo para ser votado é até 15 de dezembro. “O projeto ainda está na comissão de orçamento e parece que tem vereador não dormindo para votar. Não tenho parecer. A gente tem até dezembro para fazer emenda. Se votarmos do jeito que está como é que o vereador vai fazer emendas?”, alfinetou.

Cheque em Branco

O presidente já sinalizou algumas irregularidades no projeto e que os vereadores que votarem a favor estão dando carta branca ao prefeito.“Como você dar uma suplementação de 100%? É como eu desse meu diploma de vereador e entregasse na prefeitura. O prefeito vai remanejar sem pedir autorização, sem comunicação ao legislativo. Fui eleito para quê? Cheque em branco. Quem votar a favor do orçamento está assinando cheque em branco. Não sei se eles irão votar, mas eu sou contrário”, afirmou.