Dilma corta até salário, mas não o helicóptero

Apesar de ter proibido viagem em primeira classe para ministros e determinado que eles compartilhem voos para economizar, além de reduzir os salários do primeiro escalão do governo como sinal de “corte na própria carne” em tempos de ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff (PT) não dispensou o uso do helicóptero VH-35 para se deslocar entre a Base Aérea de Brasília e o Palácio da Alvorada, residência oficial da chefe do Executivo. Segundo o Google Maps, os 21,6 quilômetros entre os dois pontos podem ser percorridos de carro em 23 minutos, quando não há engarrafamentos. De helicóptero, são 5 minutos de ida e 5 de volta. O Planalto não divulga o gasto da operação, alegando questões de “segurança” da presidente da República.

Mas, segundo consulta feita pelo Estado às empresas de táxi aéreo, tomando por base a versão civil do helicóptero presidencial – o EC-135, semelhante ao VH-35 –, a hora voada custa de R$ 12 mil a R$ 13 mil. Ou seja, proporcionalmente, cada viagem de cinco minutos feita pela presidente entre o Alvorada e a Base Aérea custaria cerca de R$ 1 mil. O uso frequente do helicóptero por Dilma, em tempos de verbas contingenciadas, está incomodando militares da Força Aérea, porque o desembolso dos gastos dos voos é feito na conta da FAB, que, a exemplo de todas as demais pastas, sofreu drástico corte de verbas.

Com informações do Estadão