Estudo aponta retração no desenvolvimento socioeconômico do país

    O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2015, divulgado nesta sexta-feira (4), revela que 88,2% das cidades baianas têm nível de desenvolvimento considerado baixo ou regular. O estudo mostra que a Bahia permanece sem qualquer cidade com alto desenvolvimento e que figura entre os resultados mais baixos do país: entre os 500 piores resultados, 178 são do estado.

    Criado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) para acompanhar o desenvolvimento socioeconômico do país, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda dos municípios brasileiros. Em sua nova edição – com base em dados oficiais de 2013, o estudo traz comparações com outros anos da série histórica, iniciada em 2005, e projeções sobre a evolução do desenvolvimento no cenário econômico. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: desenvolvimento baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1).

    O novo estudo apontou que o desenvolvimento socioeconômico do país estagnou e indicou dificuldade na manutenção nos programas sociais por conta da crise econômica. A pesquisa avaliou os 5.517 municípios do país. Na Bahia, a cidade de Guanambi ocupa a primeira posição no ranking estadual, com 0,7435 ponto, seguida de Lauro de Freitas (0,7430), Mata de São João (0,7418), Santo Antônio de Jesus (0,7380), Luís Eduardo Magalhães (0,7328), Brumado (0,7289), Camaçari (0,7179), Salvador (0,7160), Porto Seguro (0,6985) e Simões Filho (0,6905), que está na 10ª colocação. O estudo destaca que todas as cidades do Top 10 evoluíram no IFDM Educação.

    A cidade de Guanambi saltou da sexta para a primeira colocação do estado ao apresentar evolução nas três vertentes. Na segunda posição, o município de Lauro de Freitas manteve sua colocação devido, sobretudo, ao avanço na Educação. Vale destacar o aumento de 14,8% no índice geral registrado por Brumado, que subiu 22 posições no ranking e passou a integrar o Top 10 estadual nesta edição, fruto de avanços superiores a 10% nas três áreas avaliadas.

    Entre as vertentes de desenvolvimento do IFDM, Saúde é a única em que cidades baianas apresentaram alto desenvolvimento: os municípios de Catu, Guanambi, Piriá, Pojuca e Salinas de Margarida, que representam 1,2% do total, atingiram a excelência na atenção básica de saúde. Em contrapartida, 89 (21,3%) cidades apresentaram baixo desenvolvimento, o que evidencia a discrepância entre municípios do estado dos serviços de saúde oferecidos à população.

     Na Bahia, a Educação foi a que registrou maior avanço frente à medição anterior: 88% das cidades (367) tiveram variação positiva. No IFDM Emprego & Renda, os municípios baianos se concentraram principalmente nas classificações mais baixas: 220 cidades (53,0% do total) apresentaram baixo grau de desenvolvimento e 165 (39,8%) desenvolvimento regular.

    Nos municípios da Região Metropolitana, Candeias aparece na 30ª colocação (0,6378), seguido de São Francisco do Conde que ocupa a 32ª colocação (0,6373), São Sebastião do Passé na 53ª (0,5981) e Madre de Deus, na 63ª colocação (0,5845).

    Nas últimas colocações, estão as cidades de Cansanção (0,3855), Piritiba (0,3846), Ubatã (0,3831), Santa Luzia (0,3816), Nova Canaã (0,3814), Arataca (0,3792), Morpará (0,3783), Irajuba (0,3733), Caatiba (0,3645) e Gongogi (0,3628), que está na última posição no ranking estadual.  Desse grupo, os municípios de Cansanção, Ubatã, Morpará, Irajuba, Caatiba e Gongogi registraram desempenhos muito baixos nas três vertentes analisadas e figuraram entre os 500 menores resultados do Brasil nos IFDMs de cada uma das áreas.