Desemprego fecha dezembro em 6,9% e atinge maior taxa para o mês desde 2007

    A taxa de desocupação no país fechou o mês de dezembro em 6,9%, a maior já registrada para um mês de dezembro desde 2007, quando o desemprego atingiu 7,4% da população economicamente ativa. A informação foi divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que está sendo divulgada pela última vez pelo IBGE, pois o indicador será substituído pela Pnad Contínua, que é mais abrangente e já vem sendo divulgada pelo instituto.

    Com a variação de dezembro, a taxa média de desocupação de janeiro a dezembro foi estimada em 6,8% em 2015 e em 4,8% em 2014. Segundo o IBGE, a elevação de 2 pontos percentuais entre um ano e outro foi a maior de toda a série anual da pesquisa, e também interrompeu a trajetória de queda do desemprego que ocorria desde 2010.

    Carteira assinada

    A PME indica que o percentual médio de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, em relação à população ocupada, passou de 50,9% (12,1 milhões) em 2014 para 50,3% (11,7 milhões) em 2015.

    De 2014 para 2015, houve redução de 2,7% (329 mil pessoas a menos) no contingente de trabalhadores com carteira assinada, registrando a primeira queda anual em toda a série. No ano de 2003, a proporção era de 39,7% (7,5 milhões). Portanto, em 13 anos, o contingente dos trabalhadores com carteira assinada expandiu 57,1% (4,3 milhões de pessoas a mais).

    A PME indica, ainda, que em 2015, após dez anos de ganhos anuais sucessivos, a média anual do rendimento real da população ocupada, de R$ 2.265,09, registrou perda de 3,7% em relação a 2014, a primeira queda desde 2005. Todas as regiões tiveram perda, com destaque para Belo Horizonte (-4,6%), Rio de Janeiro (-4,0%) e São Paulo (-4,0%). Na comparação dos números de 2015 com 2003, houve aumento de 28,4% no rendimento de trabalho da população ocupada, o que representou um ganho de cerca de R$ 501,25.

    Comportamento semelhante pode ser observado na média anual da massa de rendimento real mensal habitual. Em 2015 foi estimada em R$ 53,6 bilhões, apresentando a primeira retração anual na série (-5,3%). Na comparação com 2003, entretanto, houve também aumento considerável: de 59,2%.

    Com informações da Agência Brasil