Candeias: Vice assume a prefeitura após prefeito ser afastado do cargo

Foi empossado na tarde desta quinta-feira (21), o prefeito interino de Candeias, Jorge Luiz Tavares, conhecido como Bom Jorge. Ele assumiu a prefeitura da cidade após decisão judicial que determinou o afastamento por 180 dias do prefeito Sargento Francisco (PSD). A posse foi realizada no Plenário da Câmara de Vereadores e contou com a presença dos 17 parlamentares, além de aliados políticos. “Algumas medidas irão desagradar algumas pessoas. Mas, acima de agradar alguém, tenho compromisso com o povo de Candeias. Mesmo que desagrade, eu seja criticado, precisamos mudar essa situação. É uma situação de mais de 20 anos, desde que eu vereador de primeiro mandato. É preciso tomar posições, ver os excessos, os contratos vigentes estão sendo cumpridos, se os serviços contratos estão sendo executados […] temos que arregaçar as mangas e tentar minimizar o sofrimento e a decepção do nosso povo”, disse o prefeito interino.

No discurso de posse, Bom Jorge afirmou que vai reduzir o número de Secretarias e vai formar uma gestão participativa com a ajuda dos vereadores e de toda a população. “Enquanto estiver prefeito, irei reduzir o número de Secretarias. Nós não podemos ter uma cidade que falta tanto e ter 20 Secretarias”, reiterou.

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Política

Bom Jorge criticou ex-secretários que eram apoiados pela gestão, alegando que era uma concorrência desleal com os vereadores candidatos a reeleição e os novos candidatos. “Não aceitaria que nenhum secretário venha através de uma secretaria fazer política para apoiar algum candidato a vereador. Não é justo o vereador que dar manutenção, apoio, aprova e vota os projetos e na hora de buscar a sua reeleição ter concorrências desleais”, ressaltou.

Afastamento

A decisão, que tem caráter liminar foi publicada na última sexta-feira (15) e deferida pelo juiz Avio Mozar José Ferraz de Novaes. A ação movida pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) aponta irregularidades no contrato do Centro Médico Aracaju, empresa que administra o Hospital Municipal Ouro Negro.

Além do afastamento do cargo, foi solicitado o bloqueio dos bens dos réus no processo: Sargento Francisco (PSD), da ex-secretária de Saúde, Iolanda Almeida, Maria Eugênia Barreto, Gustavo Silva de Araújo Góes e do Centro Médico Aracaju no montante de R$ 10.030.771,02 sendo esse valor correspondente ao valor do dano ao erário referente a R$ 3.343.590,34 mais multa de duas vezes o valor do dano.

O prefeito ainda não se pronunciou sobre o caso.