Leão e Otto negam complô contra Marcelo Nilo pelo Senado

O vice-governador João Leão (PP) e o senador Otto Alencar (PSD) negaram com veemência à Tribuna que haja um suposto complô apontado pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PSL), para ‘enfraquecer’ seu nome na disputa por uma das duas vagas de candidato ao Senado pela provável chapa do governador Rui Costa em 2018.

Leão afirmou,inclusive, que Rui ofereceu a Nilo uma secretaria no governo “exatamente para fortalecer ele para o Senado”. “Mas Marcelo não quer. Ele só quer a presidência da Assembleia. Já são 10 anos (de Nilo à frente da presidência da Alba). Ele precisa largar essa coisa”, disse o vice-governador.João Leão não poupa elogios ao presidente da Assembleia, mas pondera que é “salutar para o processo democrático” a alternância no comando do Legislativo estadual. “Marcelo Nilo é um ótimo gestor, é um ótimo quadro em qualquer circunstância. Ajudou muito no governo de Jaques Wagner e está ajudando demais agora no governo de Rui Costa, mas ele precisa parar de achar que a presidência da Assembleia é dele. Não pode. Isso já está fazendo mal a ele. Todos os deputados têm direito e devem querer disputar a presidência da Casa. Gosto muito de Marcelo, mas ele precisa deixar essa coisa”, argumentou.

Mais além, Leão diz ainda que não está descartada a possibilidade de Nilo ser candidato a senador pela chapa governista em 2018. “Queremos que ele seja candidato. Ele seria um ótimo candidato. Agora, ele precisa trabalhar fora da presidência da Assembleia. Ele poderia vir para o governo. Isso ia fortalecer muito o nome dele”.Na mesma linha do que disse João Leão, o senador Otto Alencar também pondera que Marcelo Nilo precisa deixar de lado a ambição por se manter presidente da ALBA. “Não me juntei com ninguém para derrotá-lo. É elucubração infantil dele. O que ele precisa é olhar para o passado e lembrar que já o ajudei a ser presidente cinco vezes. “Agora não posso impedir que ele tenha adversário.A Assembleia não é propriedade privada de Nilo, que acha que todos os que discordam dele o estão perseguindo. E eu não lancei a candidatura de Ângelo Coronel, foi ele mesmo quem decidiu se reunir com os outros deputados do PSD e ser candidato. Nilo precisa entender que todos têm direito de ser candidato, ele passou todos esse anos cerceando vários deputados que também tinham pretensões ao posto”, disse Otto.