Candeias: Após greve, mais de 13 mil alunos da rede municipal voltam às aulas nesta sexta-feira

Mais de 13 mil alunos da rede municipal de ensino em Candeias retornaram as aulas nesta sexta-feira (7). A paralisação durou 24 dias e atingiu cerca de 100% das escolas do município, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Seduc).

Para repor as aulas, a Seduc informou que será montado um calendário base para as unidades de ensino. Mas, a secretaria adianta que os sábados letivos poderão ser adotados para que a carga horária seja cumprida. O calendário letivo com as datas de reposição das aulas será divulgado nos próximos dias pela pasta. “Estamos reunindo os professores para definir um calendário com outras opções para as escolas reporem as aulas perdidas e cumprirem os 200 dias letivos que são determinados pela Lei de Diretrizes e Base da Educação”, comentou o secretário da Educação, Jair Cardoso.

Sábados
Entre os meses de abril e junho as escolas terão nove sábados que poderão ser utilizados como dias letivos e, entre os meses de agosto e dezembro, mais 15. Já o contraturno só poderá ser utilizado por algumas escolas, por exemplo, as que tiverem salas ociosas em outros turnos.

Férias menores
Outra opção das escolas é avançar sobre o recesso que as unidades terão em junho. No final do ano, a calendário que encerraria dia 21 de dezembro agora vai até o dia 29 de dezembro.

Greve

Os professores da rede municipal de ensino de Candeias decidiram encerrar a greve, em assembleia realizada na Câmara de Vereadores do município nessa quinta-feira (6), após 24 dias. A categoria entrou em greve no dia 13 de março e reivindicava reajuste salarial de 7,64%, melhorias nas unidades de ensino e o plano de cargos e salários.

Na reunião realizada ontem, entre os representantes do Sindicato dos Servidores do Município de Candeias (Sisemc) e da Prefeitura de Candeias, definiu o reajuste de 6%, parcelados em 4% para os vencimentos do mês de abril e com retroativo referente ao mês de janeiro; em junho com mais 2% de reajuste e retroativo referente ao mês de fevereiro; e em julho será pago o retroativo referente ao mês de março. Além do reajuste, a Prefeitura se comprometeu em analisar os processos dos professores, o plano de cargos e salários e a formação continuada dos profissionais, com prazo de 90 dias.

Na ultima terça-feira (4), a decisão da desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), determinou o fim do da greve dos professores e estabeleceu multa de R$ 10 mil por dia não trabalhado.

A Prefeitura publicou no Diário Oficial do dia 30 de Março, o Decreto Municipal Nº 036/2017 que atualizou o piso salarial para os quase 350 profissionais do magistério da rede municipal, passando de R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80.