Trocas na CCJ mostram base ‘em marcha unida’, diz líder do governo na Câmara

    O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) contestou nesta segunda-feira (10) as críticas às substituições de integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) às vésperas de ser votada a denúncia contra o presidente Michel Temer. Para ele, as trocas são um sinal de que a base governista “continua em marcha unida”.

    No total, foram realizadas 17 remanejamentos no colegiado desde 26 de junho, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou acusação formal por corrupção contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). As movimentações envolveram 13 vagas, das quais 9 de titulares e 4 de suplentes. As mudanças na composição da comissão têm como objetivo evitar uma derrota do governo na comissão.

    Algumas das substituições aconteceram durante a sessão desta segunda-feira, na qual o relator do caso, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentou seu parecer a favor do prosseguimento da denúncia.

    “Isso é um sinal de que a base continua em marcha unida. Diferente daquilo que está sendo apregoado, a base está caminhando junto e no caminho de fazer aquilo que é necessário na avaliação de cada partido, de cada líder para consolidar esse momento dessa crise que nós estamos vivendo”, afirmou Ribeiro ao ser questionado se as trocas da comissão seriam um sinal de força ou de fraqueza do governo.

    Para conseguir rejeitar o parecer de Zveiter, o governo precisa de pelo menos 34 dos 66 votos na comissão. Segundo Aguinaldo Ribeiro, o Palácio do Planalto conta com cerca de 40 votos.

    “A avaliação das trocas cabe a cada líder partidário. Eu tenho a convicção de que nós vamos ter o número aqui na comissão para rejeitar o prosseguimento da abertura de denúncia. (…) Nós estamos trabalhando nos votos, temos aí cerca de 40 votos. Estamos trabalhando em cima disso”, disse.