“Quem recebe R$ 12 mil é para trabalhar e se não trabalha é vagabundo”, afirma presidente da Câmara sobre secretário

    Foto: Câmara Municipal de Candeias

    A chapa esquentou entre os vereadores na sessão ordinária desta quinta-feira (19), em Candeias, região metropolitana de Salvador. O presidente da Câmara, Fernando Calmon (PSD), subiu o tom no discurso e causou polêmica ao se referir ao secretário Municipal de Obras, Luciano Muricy, como “vagabundo”. A situação causou um mal-estar entre os parlamentares da base do prefeito Pitágoras Ibiapina (PP) que também fizeram críticas à atuação do secretário de Obras.

    Questionado pela Rádio Baiana FM, o presidente afirmou reiterou as críticas ao gestor da pasta, afirmando da falta de obras na cidade. “Quem recebe R$ 12 mil é para trabalhar e se não trabalha é vagabundo. Porque já tem um ano e quatro meses de gestão e nada você ver fazer no município. Estou aqui com um pedido de providência para a pavimentação asfáltica ou recuperação da rua Duarte da Costa do ano de 2017. Agora em 2018, só em uma sessão foram apresentados cinco pedidos de providência a essa referida rua. Tá um caos total e nenhuma recuperação no calçamento é feita. São cinco vereadores em uma sessão só fazendo um pedido de providência. O prefeito não atende e o secretário de obras, se assim posso chamar de secretário de obras, nada faz”, disse o vereador.

    O líder do governo na Câmara, vereador Arnaldo Araújo (PSDB), reconheceu que o presidente usou expressões rudes e que a Secretaria de Obras está omissa quanto aos problemas enfrentados na infraestrutura da cidade. “Se for um cargo político, se determine um técnico para fazer o que é necessário. Jamais serei contra ao secretário de fora, mas sou contra a falta de ação. Mas, talvez, nesse momento o que o presidente esteja cobrando é uma ação do secretário de obras que eu não trataria da mesma forma que ele tratou, mas trato como omisso a ação que lhe foi confiada”, afirmou Arnaldo.

    Já o secretário de Governo, Jario Santos, amenizou a situação e saiu em defesa do secretário, citando a dificuldades do processo de licitação para executar as obras no município. “Às vezes, a gente faz a licitação, contrata, faz tudo certinho e depois a empresas que ganham as licitações para executar as obras tem algum problema e isso acaba também afetando a administração. A série é um conjunto de ações que acaba por dar essa impressão a alguns vereadores de que nada está sendo feito, mas está sendo feito, talvez não ainda na velocidade que os nobres edis queriam. MAs está acontecendo de forma tranquila e com muita responsabilidade”, falou o secretário de Governo.