Obrigada a ficar sem trabalhar por estar grávida, funcionária é alvo de ‘chacota’ e ganha direito a indenização de R$ 10 mil

Com informações do G1

Uma operadora de call center que foi obrigada pela empresa onde atuava, em Salvador, a ficar sem trabalhar por meses durante o expediente por estar grávida terá direito a uma indenização de R$ 10 mil por danos morais. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5).

A vítima, conforme a defesa, era motivo de chacota pelos colegas por ficar ficar ociosa. A decisão foi proferida pela 1ª Turma do TRT5, que entendeu que a funcionária era assediada na empresa. Segundo o órgão, a decisão ainda cabe recurso.

A trabalhadora, que era empregada da Atento Brasil S/A, alegou no processo que a empresa ainda comunicou algumas vezes que ela seria desligada e voltou atrás da decisão. Por conta disso, a autora do processo disse que se sentia “insegura” com a situação.

Nessas ocasiões, conforme o TRT, o sistema Distribuidor Automático de Chamadas (DAC) ficava por dias sem funcionar para ela, o que a deixava sem atividade. O órgão disse que a operadora descobriu que a funcionária estava grávida em março de 2014.

“Durante os nove meses em que esteve grávida, a empresa não permitiu que a autora trabalhasse. Esta só batia o ponto, ficando o dia todo sentada. (…) Com esse quadro de inatividade forçada, a reclamante passou a ser alvo de chacota dos demais colegas”, alegou a advogada da funcionária, segundo o TRT.

O fato de ela não receber ligações foi confirmado por testemunha, conforme o órgão. Ainda segundo o TRT, o representante da empresa disse, em audiência, não saber se a trabalhadora ficou ou não sem atender no período.