Mais de 90% dos municípios baianos investem abaixo da média nacional na saúde

Com informações do BN

Governador Rui Costa participa da inauguração das vias de urbanização de servidão e encontro do Hospital Roberto Santos, da adequação para implantação de 10 leitos de UTI Neurológica, da reforma da Unidade de Bio-imagem e operação dos serviços de tomografia computadorizada e ressonância magnética e da Base Comunitária de Segurança de Narandiba. Foto: Camila Souza/GOVBA

Do total de 417 municípios baianos, 391 fizeram investimentos abaixo da média nacional (R$ 403,37) na saúde de cada habitante durante o ano de 2017. Os dados foram divulgados na última segunda-feira (21) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e são referentes às declarações no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde.

O levantamento mostra que, naquele ano, o maior valor aplicado por um gestor municipal da Bahia, com recursos próprios, em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS), foi de R$ 2.017 por habitante, em São Francisco do Conde. Em seguida, aparecem Madre de Deus (R$ 1.216,95) e São Desidério (R$ 912,07).

Do lado oposto do ranking está Conceição do Coité. O município investiu apenas R$ 122,84 por cada morador. Na penúltima posição aparece Valença (R$ 124,56), seguida de Santo Amaro (R$ 129,31).

Considerando-se apenas a Bahia, a média de investimento foi de R$ 470,66 por pessoa. A média estadual de 2017 é ligeiramente maior do que a registrada nos dois anos anteriores: R$ 459,19 em 2016 e R$ 464,64 em 2015

A capital do estado, Salvador, está entre os municípios com investimento abaixo da média nacional, ocupando a 180ª posição. Segundo os dados do CFM o gasto por habitante, em 2017, foi de R$ 243,40. Em novembro de 2018, o CFM já havia apontado Salvador como a terceira capital com pior investimento médio em saúde por habitante, à frente apenas de Rio Branco (R$ 214,36) e Macapá (R$ 156,67).