A sala foi reformada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) – órgão ao qual o MAM é ligado –, ambos da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). “A reinauguração desta sala traz mais uma exposição permanente para o museu”, explica o diretor do MAM, Pola Ribeiro.No último mês de outubro o MAM abriu outra mostra permanente do ‘Museu de Arte Popular’ trazendo esse acervo definitivamente para seu local de origem, o Solar do Unhão.
“Agora teremos as 20 esculturas e 10 relevos de Rubem Valentim abertos à visitação gratuita para o público; o conjunto forma o ‘Templo de Oxalá’, doado pela esposa do artista, Lúcia Alencastro, em 1997, e considerado a mais emblemática realização da carreira de Valentim”, completa Pola.O Espaço terá ainda vitrines com documentos originais do artista.O diretor do MAM informa que a sala tem cerca de 200 m² de área e fica na parte inferior do Mirante do MAM. “Oacessoé pelo gradil criado pelo artista Carybé, ainda na entrada do museu, no mesmo nível da Avenida Contorno”, diz Pola.
FILME/CATÁLOGO e SÃO PAULO/BRASÍLIA–Também na sexta-feira (25) o MAM faz lançamento na Bahia do Filme e Catálogo‘Ilê Funfun: Uma homenagem ao Centenário de Rubem Valentim’, produzidos pela Almeida & Dale Galeria de Arte (https://almeidaedale.com.br) de São Paulo. O filme será exibido às 16h no Cine MAM, e Catálogo será lançado no Espaço Rubem Valentim, às 17h. ‘Ilê Funfum’ é o nome da mostra que neste ano do ‘Centenário de Valentim’ passou por São Paulo e Brasília, produzida pela Almeida & Dale que também patrocinou a restauração da coleção ‘Templo de Oxalá’.Essa exposição itinerante teve curadoria de Daniel Rangel que tambémé o curador do MAM-Bahia.
“O conjunto ‘Templo de Oxalá’, cujas obras são predominantemente brancas, representam o panteão dos orixás saudando Obàtálá(o ‘grande orixá’ criador dos humanos) e foi apresentado pela primeira vez, em 1977, na XIV Bienal Internacional de São Paulo, em uma sala especial dedicada a Valentim”, relata Daniel Rangel. Com texto de apresentação de Daniel, o catálogo tem ainda importantes nomes, como Marcelo Gonczarowska Jorge e Sara Seilert, do Museu de Arte de Brasília e Museu Nacional da República, respectivamente.
TRILOGIA e SEMANA de ARTE MODERNA – Segundo Rangel, desde a reabertura oficial dos museus baianos na pandemia do Covid-19, ocorrida em agosto do ano passado (2021), o MAM-Bahia iniciou uma trilogia de exposições que tiveram proposta de resgatar pensamentos de Lina Bo Bardi (1914-1992), primeira diretora do MAM (1960-1964), além de autora e coordenadora da restauração do complexo arquitetônico do Solar do Unhão.
“Reabrimos o MAM com a mostra ‘O Museu de Dona Lina’, que durou de agosto/2021 a fevereiro/2022 (70.000 visitantes), depois ‘Encruzilhada’ que ficou de abril a julho/2022 (40.000) e desde setembro estamos em cartaz com a exposição ‘Utopias e Distopias’ (19.000), completando uma trilogia que além de se inspirar em Lina, comemora ‘100 Anos da Semana de Arte Moderna’ que aconteceu entre 13 e 17 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, criando um marco definitivo nas artes e na cultura brasileira”, completa Daniel Rangel.
Grupos de escolas, colégios, faculdades e universidades – públicas ou particulares – que desejem participar das Visitas Guiadas do MAM devem enviar solicitação com antecedência para [email protected] informações sobre o museu via telefones (71) 31176132 e 31176139 (segunda a sexta, 9h às 12h e 13h às 15h). Acesse o instagram @bahiamam e site www.mam.ba.gov.br.
De acordo com o curador do MAM, Daniel Rangel, Valentim explicita o sincretismo religioso brasileiro de maneira abstrata e geométrica, a partir de elementos simbólicos da cultura popular e da semiótica afro-brasileira do candomblé. “Valentim buscava uma conexão sagrada sempre complementada com a estética e, com isso, temos esse conjunto de obras excepcional e seminal na arte brasileira que ele nos deixou”, diz Rangel.
Fonte: SECULTBA