Poupança perde R$ 2,878 bilhões e tem o pior resultado para abril em 3 anos

Os saques da poupança voltaram a superar os depósitos em abril, após a caderneta ter ganhado recursos no mês anterior. Em abril, os saques superaram os depósitos em R$ 2,878 bilhões, no pior desempenho para o mês em três anos, desde 2016, quando houve saldo negativo de R$ 8,246 bilhões.

Os saques superaram os depósitos em R$ 2,826 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve saída de R$ 52,233 milhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central hoje.

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2019, a poupança tem saldo negativo de R$ 16,278 bilhões. O estoque total soma R$ 792,891 bilhões.

Recuperação da poupança

Em função da crise econômica, a caderneta registrou saídas líquidas em 2015 e 2016, mas iniciou um processo de recuperação no ano seguinte. Em 2018, em meio à relativa retomada do emprego e da renda, a poupança fechou o ano com captação líquida de R$ 38,26 bilhões.

Esta procura maior pela poupança no ano passado ocorreu apesar de a rentabilidade ser, atualmente, inferior à vista em anos anteriores. Hoje a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está próxima de zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,5% ao ano.

Esta regra de remuneração da poupança vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,5% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Esta remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,5%.

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