Riachão: Delegado Dr. Danilo Andrade fala sobre o assassinato de Celival Almeida e o caso da prof. Ienata Rios

Delegado Dr. Danilo Andrade Titular da Delegacia Territorial de Riachão do Jacuipe- BA

O delegado Dr. Danilo Andrade titular da Delegacia Territorial de Riachão do Jacuípe, concedeu uma entrevista à Radio Baiana FM 96,5, na tarde da última segunda-feira (02), e falou sobre as investigações do homicídio ocorrido na sexta-feira santa, vitimando Celival de almeida o proprietário do ‘Bar Dose Dupla’.

Dr. Danilo Andrade, disse que o crime aconteceu durante o final de semana da semana santa, nesse período a delegacia estava sendo gerida pelo delegado plantonista do dia, que deu início às investigações, e conseguiu elementos de autoria que são bastante robustos a ponto de que hoje o autor do crime está com sua prisão decretada, a polícia civil trabalha para trazer mais elementos para que o inquérito remetido ao ministério público tenha sucesso com a condenação do autor do delito, mas a autoria hoje já está definida aos olhos da polícia civil, informou o delegado.

O crime aconteceu na noite de sexta (30/03). Segundo o delegado, a vítima, Jose Celival Almeida da Silva, proprietário do ‘Bar Dose Dupla’, localizado às margens da BA-120, rodovia Riachão/Coité, no bairro Barra do Vento, que foi morto por cinco disparos de arma de fogo a queima roupa. Pelas características nenhum objeto da vítima foi levado, por ora, estaria descartado o crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

O delegado, também informou que a polícia trabalha com elementos secundários, para poder arredondar a investigação e deixar os elementos de autoria já colhidos bastante robusto a ponto de levar o ministério público, para que tenha êxito na condenação.

“Hoje o trabalho principal da polícia civil e voltado na captura do indivíduo, inclusive hoje a melhor opção para ele seria ele se entregar, já que não há mais dúvidas para a polícia de quem é o autor” informou Dr. Danilo.

Veja como foi o caso:

A Policia já sabe que o assassino de José Celival Almeida da Silva, proprietário do ‘Bar Dose Dupla’, foi o senhor Jorge de Jesus Oliveira, também conhecido por Jorginho, morador do bairro Bela Vista, em Riachão do Jacuípe. Celival foi morto no final da noite da última sexta-feira (30), exatamente no momento em que fechava o seu estabelecimento comercial.

De acordo com informações, já confirmadas, o criminoso teria se desentendido com Celival por fazer uso de droga no banheiro do ‘Bar Dose Dupla’. Ao ser reclamado, o mesmo teria reagido, gerando uma rápida discussão. Contudo, como havia prometido, Jorginho retornou ao local e consumou o crime. O elemento, que tem um histórico de violência, disparou cinco vezes contra a vítima, inclusive o último disparo já com Celival no chão, sem qualquer poder de reação.

Câmaras de segurança instaladas no bar, com imagens que circulam nas redes sociais, não só confirmaram a autoria do crime, como a forma covarde como ele aconteceu. O assassino chegou juntamente com um comparsa em uma moto, com o rosto descoberto, e atirou contra Celival, que estava arrumando o bar. Após a ação criminosa, Jorginho retornou à moto e os dois seguiram com destino ignorado.

No sábado (31/03), a cidade amanheceu assustada com a tragédia. Noticias desencontradas davam conta de que o assassino estava refugiado no bairro Bela Vista, próximo a sua residência.

No domingo pela manhã, enquanto esses boatos circulavam, Celival era sepultado no cemitério de Riachão do Jacuípe. Amigos, familiares e muitos clientes do ‘Bar Dose Dupla’ compareceram para se despedir.

Ainda no domingo, 01 de abril, o juiz Dr. Fábio Falcão Santos decretou Prisão Preventiva contra o assassino JORGE DE JESUS OLIVEIRA conhecido por JORGINHO, conforme abaixo:

D E C I S Ã O

A Policia já sabe que o assassino de Representou a autoridade policial pela prisão preventiva de JORGE DE JESUS OLIVEIRA suspeito de ter ceifado a vida de JOSE CELIVAL ALMEIDA DA SILVA, às 00:00 do dia 30/03/2018 na cidade de Riachão do Jacuípe. Narra o pedido que a vítima fechava o seu estabelecimento (um bar) quando o acusado efetuou cinco disparos contra a vítima o ultimo deles quando Jose já estava caído. Instruem o pedido, declaração de duas testemunhas, uma delas que estava no momento do fato e vídeo da câmera de segurança do bar onde se vê claramente o momento do crime.

Com vista dos autos pugnou a representante do Parquet plantonista nesta data pela concessão da medida por entender presentes os requisitos legais.

Decido.

O pedido veio instruído com provas suficientes quanto á materialidade do delito – conforme guia de levantamento cadavérico, oitiva de testemunha presencial e vídeo da câmera de segurança onde resta evidenciada a ocorrência do fato – bem como fortes são os indícios que apontam o representado como autor do delito.

Ao crime se prevê pena superior a quatro anos e, pelo que se colhe até aqui, em Juízo de cognição sumária, próprio deste momento processual, agiu o acusado com extrema frieza e crueldade, atingindo a vítima de supetão, sem chance de defesa e desferindo diversos tiros, um deles quando Jose Celivaldo já estava caído, revestindo o ato de características de verdadeira execução. A gravidade e violência do delito e a grande repercussão em uma comunidade pequena como o é a desta Comarca evidenciam grave ferimento a ordem pública.

Avançando na análise, tenho que as circunstância pos factum levam a crer que o acusado, ao solicitar a parente um taxi para se deslocar à cidade de Feira de Santana e assim agindo, primeiro indo sozinho para Tanquinho de lá numa van para Feira, pretende furtar-se á aplicação da lei penal.

Ante o exposto, com espeque nos artigos 311 e 312 do CPP, DECRETO a prisão preventiva de JORGE DE JESUS OLIVEIRA conhecido por JORGINHO.

Em nome da celeridade processual e considerando que este Magistrado, por problemas operacionais do próprio sistema, não conseguiu acesso ainda ao cadastro de mandados do BNMP 02 do CNJ DOU A ESTE DECISÃO força de MANDADO DE PRISÃO.

Encerrado o período de plantão, encaminha-se aos Juízo cometente. Comunique-se, via email institucional, à autoridade policial. Ciência ao MP.

Riachão do Jacuípe, 01 de abril de 2018.

FÁBIO FALCÃO SANTOS

O caso da Professora Ienata Rios

Sobre o caso da Professora Ienata Rios, ele continua, sobre investigação a polícia civil de Riachão do Jacuípe continua trabalhando nesse crime para poder elucida-lo, estão se desenvolvendo novas linhas de investigação, não é fácil chegar a uma autoria concreta para promover o indiciamento de quem se suspeita, mas a polícia trabalha com uma nova linha de investigação e espera se conseguir apresentar elementos de autoria desse crime a mais brevidade possível.

A professora foi encontrada morta dentro de casa, no bairro Loteamento São José, no domingo, dia 3 de julho de 2016. Segundo a polícia, Ienata Pedreira Rios tinha ferimentos de faca em várias partes do corpo. Ela era noiva e deixou um filho adolescente de outro relacionamento.

Confira a entrevista na integra:

 

 

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