Pesquisadores apontam aumento na mortalidade de corais após mancha de óleo

    Com informações do G1

    Uma análise feita por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) concluiu que a mortalidade dos corais em quatro praias do litoral norte da Bahia, que normalmente é de cerca de 5% ao ano, aumentou para 51,92%, após as manchas de óleo que atingem o nordeste do país. Os dados da análise foram divulgados durante uma coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (25), pelo professor e pesquisador Francisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia (Ibio) da UFBA.

    Segundo os especialistas, o branqueamento do coral é um sinal de que o animal está doente e pode morrer se as condições do ambiente continuarem degradadas. A análise foi feita entre 17 a 20 de outubro, no trecho que compreende os recifes de Abaí, na cidade de Camaçari, até a Praia do Forte, em Mata de São João, ambas cidades da região metropolitana de Salvador.

    O estudo ainda concluiu que 46,88% do número de espécies que habitam nos recifes costeiros também foi reduzido e que houve redução em 65% dos animais vivos nessas praias. Animais como moluscos, caranguejos, siris e estrelas do mar sofreram com o impacto das manchas de óleo, segundo o pesquisador.

    Os cientistas da UFBA estudam há mais de 20 anos a biodiversidade dos recifes nas quatro praias pesquisadas. Eles analisam, por amostragem, a quantidade de animais invertebrados por metro quadrado, como corais, esponjas e estrelas do mar.