Inflação, poder de compra, aumento real: por qual motivo R$ 1 vinha quatro pães e agora vem bem menos? Explicamos

A palavra “inflação” volta e meia surge no vocabulário do brasileiro como algo assustador, que está sempre “descontrolada” e faz tudo ficar mais caro. Esse termo ainda vem acompanhado de outros ainda mais estranhos, como “poder de compra” e “aumento real” – e o Aratu On Explica chegou para descomplicar esses termos e mostrar como isso impacta na sua vida.

Falando de uma maneira bem simples, inflação é o nome que se dá quando o dinheiro começa a perder valor. Qualquer moeda sempre tem inflação. O Banco Central leva em conta diversos aspectos, como o preço que cada célula custa para ser impressa, para que os preços aumentem na mesma proporção.

Quando a inflação é baixa, isso costuma ser ruim para o mercado, pois se você sabe que aquele preço não vai aumentar e pode até cair, você não compra o produto, fazendo menos dinheiro circular.

A inflação alta, por outro lado, faz com que os preços aumentem muito. Em outras palavras, é normal que um produto aumente de valor em um determinado tempo, como um pacote de salgadinho que dobra de preço em um prazo de cinco anos, mas quando esse encarecimento é rápido, é um sinal de que a inflação está descontrolada.

Economistas preveem que, em 2021, o índice do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, deve ficar acima dos 7%. O número é maior do que o esperado pelo governo, mas ainda não chegou ao patamar de causar real preocupação no bolso dos brasileiros.

O Ministério da Economia tem planejado uma série de medidas para conter a inflação antes que isso aconteça.
PODER DE COMPRA

O maior impacto da inflação está associado ao “poder de compra do consumidor”. Em termos simples, o poder de compra é o quanto o cliente consegue adquirir com determinado valor. Por exemplo, com R$1, o baiano costumava comprar quatro pães, mas ultimamente essa quantia tem sido a conta para apenas três pães.

Quando a inflação faz com que os preços aumentem mas o valor do salário minímo não é reajustado, o consumidor passa a ter menos poder de compra, pois seu dinheiro não é suficiente para obter a mesma quantidade do produto.

Por outro lado, se o salário aumenta muito, as pessoas ficam mais tranquilas em pagar mais do que o de costume e o vendedor, ao perceber isso, tende a aumentar ainda mais o preço – conforme a “lei da oferta e a procura”, quanto mais as pessoas estiverem dispostas a pagar, maior será o lucro do empresário.