Mortes após explosão em hotel de Cuba chegam a 26

    O número de mortos após a explosão no hotel Saratoga, no centro da capital Havana, chega a 26, de acordo com o último informe divulgado por autoridades de Cuba neste sábado (7). Entre as vítimas, está uma turista espanhola, ao menos quatro crianças e uma gestante, de acordo com informações do portal Granma, ligado ao Partido Comunista Cubano.

    Equipes de emergência seguem as buscas por possíveis sobreviventes nos escombros. Na sexta (6), a explosão destruiu parcialmente o hotel de luxo localizado perto do edifício do Capitólio e conhecido por já ter abrigado celebridades como os cantores Mick Jagger, Beyoncé y Madonna. O local passava por reformas e tinha data de reabertura marcada para a próxima terça (10), segundo mensagens nas redes sociais.

    Os quatro primeiros pisos foram destruídos pela explosão, cuja provável causa foi um vazamento de gás durante uma operação de reabastecimento. “Não há chances de ser uma bomba ou um ataque”, disse o líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel, à agência de notícias Reuters ao deixar um hospital para o qual foram levados os feridos. “É apenas um acidente muito triste”, seguiu ele. Até a noite de sexta, cifras oficiais indicavam que 70 pessoas estavam feridas —entre elas, está outro cidadão da Espanha, em estado grave.

    O premiê espanhol, Pedro Sánchez, em uma rede social, manifestou solidariedade aos familiares das vítimas e à população cubana. A maior parte dos escombros da parte externa do hotel já foi retirada, e as buscas se concentram no interior do edifício, em especial no hall de entrada, no quinto e no sexto pisos, de acordo com reportagem da AFP. Equipes com cães e ferramentas para detectar possíveis sobreviventes tentavam chegar ao sótão do hotel, de onde uma mulher teria pedido ajuda na tarde de sexta.

    Na manhã de sábado, um sobrevivente foi encontrado, de acordo com relato da Associated Press. O governo informou que moradores de casas vizinhas ao local foram retirados como medida de precaução e alojados em albergues. “A destruição material e as vidas perdidas são lamentáveis, mas quero destacar a rapidez com que a população e as instituições se mobilizaram”, disse Díaz-Canel. Construído em 1880, o Saratoga se transformou em hotel na década de 1930 e em um estabelecimento de luxo em 2005. O local contava com 96 quartos, dois restaurantes e uma piscina.

    Em reforma, permaneceu fechado aos turistas durante dois anos de pandemia, de modo que, no interior, estavam apenas funcionários no momento do acidente. Governos de países como Estados Unidos, Canadá e Venezuela, além da União Europeia, manifestaram solidariedade às autoridades da ilha.

     

     

     

    Folhapress