Polícia Federal não descarta hipótese de homicídio de jornalista e indigenista desaparecidos

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, afirmou nesta quarta-feira (8), em entrevista coletiva, que não descarta nenhuma linha de investigação no caso do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, até mesmo a hipótese de homicídio.

Segundo a corporação, as buscas continuam. “Estamos buscando saber se houve algum crime nesse desaparecimento”, afirmou Fontes. Conforme a PF, um total de 250 agentes e dois aviões atuam nas buscas. Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram no último domingo (8).

A Justiça Federal determinou que o governo acione helicópteros, embarcações e equipes de buscas da Polícia Federal, das forças de segurança ou das Forças Armadas para intensificar o rastreio dos desaparecidos na reserva indígena Vale do Javari. A decisão cita que a terra vem sendo mantida em situação de baixa proteção e fiscalização, que se encontra em uma situação grave, o que exige medidas mais incisivas do governo federal.

Por sua vez, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur, disse que que cinco testemunhas e um suspeito foram ouvidos.

Na Funai desde 2010, Bruno Araújo é considerado um dos indigenistas mais experientes do órgão. Lá, ele foi coordenador regional da Fundação no município amazonense de Atalaia do Norte por cinco anos. Ele foi dispensado do cargo em 2019 após combater mineração ilegal em terras indígenas. Atualmente licenciado da Funai, Araújo faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Já Dom Phillips é jornalista colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele mora em Salvador e se mudou para o Brasil em 2007.  Além do The Guardian, Phillips também já publicou no Financial Times, The New York Times, The Washington Post e em agências internacionais de notícias.

 

 

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