Presidente municipal do MDB de Feira de Santana, a vereadora e enfermeira Lu de Ronny criticou, em entrevista ao BNews, o veto do prefeito Colbert Martins à construção do Hospital Municipal para o ano de 2023.
As obras da nova unidade tinham sido aprovadas pela Câmara Municipal e contavam com uma previsão orçamentária de R$ 50 milhões, mas o prefeito alegou que a construção do hospital está prevista para o ano de 2024. “Trata-se de um compromisso previsto no PPA para o exercício de 2024, portanto não devendo ser relacionado nas prioridades de 2023″, declarou em seu veto.
O prefeito foi infeliz com essa posição de vetar. Inclusive, isso foi promessa de campanha durante as andanças políticas dele. Eu, enquanto vereadora, e a Câmara Municipal de Feira de Santana, tomamos um posicionamento de fazer mudanças na LDO para remanejar o dinheiro e esse hospital tão sonhado ser construído. Me assusta [a decisão] por ele ser médico”, afirmou Lu.
Perguntada sobre o fato de Colbert ser seu correligionário, a edil disse que isso não impede seu posicionamento contrário à decisão. Lu de Ronny é presidente do diretório municipal do MDB, que já anunciou apoio ao pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Jerônimo Rodrigues. Individualmente, mesmo filiado ao partido, Colbert apoia ACM Neto (União Brasil).
“Eu tenho que estar ao lado do povo e tomar decisões que são benéficas para o povo. Afinal de contas, o município pode e deve priorizar a saúde pública. Quando existiu esse posicionamento, entre outras posições e comportamentos abusivos com os quais não coaduno, não posso estar concordando só porque sou da sigla. Sou do MDB e não posso esquecer que quem me elegeu foi o povo”, adicionou.
Outros projetos vetados pela prefeitura após aprovação da Câmara de Vereadores para o exercício do próximo ano foram a promoção de políticas públicas para cidadania no trânsito e a inclusão social através de cursos e serviços; a promoção de políticas públicas em favor das minorias sociais; o enfrentamento ao racismo e reparação de suas consequências, com especial atenção às comunidades quilombolas; A priorização dos direitos sociais da mulher no combate a qualquer forma de violência, desburocratizando o acesso aos aparelhos públicos e facilitando o acolhimento emergencial.
Bnews