Popularização da droga K9 preocupa autoridades e órgãos emitem alerta

Foto: Tony Silva / Ascom-PC

A popularização cada vez maior da droga sintética chamada de K9,  e a possibilidade da substância adentrar com intensidade o território baiano facilitando o seu consumo, tem causado temor em especialistas de diversas áreas no estado, inclusive da saúde pública, e servido como  sinal de alerta para toda a população.  Conhecida como supermaconha, ou maconha sintética, pode provocar intoxicação grave em que ocorrem alucinações, delírio, distonia, paranóia, agitação psicomotora, psicose, convulsões, hipertermia e rabdomiólise, podendo levar a overdoses e mortes.

A preocupação em torno da questão levou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (Ciatox-BA), vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a emitir um comunicado após a terceira apreensão feita pelas Polícias Civil e Militar no estado este ano. No comunicado, o órgão pede a atenção redobrada dos profissionais  da rede de saúde no estado para a entrada de pacientes com os graves sintomas provocados pela intoxicação de canabinoides sintéticos, popularmente conhecidos como “drogas K” “K2”, “K4”, “K9”, “selva” “cloud 9”, “spice” ou ainda, equivocadamente, como “maconha sintética”.

“Já tivemos dois registros em Salvador, envolvendo esse tipo de droga, um em janeiro, e outro em fevereiro, de atendimentos em hospital. Mas com essa terceira apreensão, isso é muito preocupante porque essa droga tem uma elevada toxicidade. São mais de cem substâncias altamente tóxica, de 10 a 100 vezes mais que os princípios ativos da maconha”, destaca o diretor do Centro, Jucelino Nery, à Tribuna da Bahia.

As duas das apreensões que  ocorreram no Estado entre os dias 25 e 28 de maio levou ao descobrimento das Polícias Civil e Militar de um esquema de envio da droga k9 e armas para integrantes de uma facção do Nordeste de Amaralina. A descoberta foi feita pelo  Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte quando realizavam ações para capturar autores da morte do soldado Gleidson Santos de Carvalho.