Diagnóstico precoce da dengue evita complicações da doença

Destaque para a importância dos exames para detectar a dengue o mais rápido possível e diminuir os riscos de casos graves

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A Bahia entrou em alerta em 2024, com 275 municípios em situação de epidemia para dengue até 30 de março. Já são quase 96.000 casos prováveis e 1.746 casos graves. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O crescimento foi de 536,6% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 15.070 notificações. Uma das recomendações é buscar cuidados médicos imediatos e realizar os exames para diagnóstico desde os primeiros sintomas para evitar agravamentos.

Além de adotar medidas de prevenção e controle, como eliminar criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, e tomar a nova vacina disponível, é importante confirmar o mais rápido possível se está com o vírus causador dessas doenças. Com o alastramento da dengue e mais de 1.000 mortes registradas em 2024 até o momento em todo o Brasil, a situação atinge níveis alarmantes. 

Nesta sexta-feira (19), o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, foi o convidado do Programa Fala Comigo e falou sobre como a diversidade das arboviroses é necessário ter um diagnóstico mais precoce para um tratamento mais efetivo. “Também, no caso da dengue, com o diagnóstico rápido, evitar ou minimizar a gravidade é algo fundamental”, afirma.

Além da rapidez, com a entrega do resultado no mesmo dia, o teste de NS1 realizado no laboratório segue as melhores práticas em análises clínicas. Certificações, como o CAP, do College of American Pathologists, e PALC, do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, asseguram a coleta das amostras por profissionais capacitados e análise de técnicos com formação e experiência para emitir laudos que auxiliam os médicos na precisão dos diagnósticos.

“Temos o teste antigênico NS1 que é recomendado realizar nos primeiros três dias, de preferência. Porém, até o quinto dia, ainda é possível apresentar-se positivo e, a partir daí, faz-se a dosagem dos anticorpos IgM e IgG. O IgG demonstra se o paciente já teve dengue no passado, não informando qual o sorotipo. Quanto ao IgM, revela infecção aguda”, detalha Bastos. Esses exames são realizados com base na detecção dos anticorpos IgM e IgG, que só são produzidos pelo organismo contaminado após o 4º ou 5º dia do aparecimento dos primeiros sintomas.