Braskem tem prejuízo de R$ 24 milhões no 4º trimestre de 2014

    A Braskem registrou prejuízo líquido de R$ 24 milhões no quarto trimestre de 2014, ante um prejuízo inferior a R$ 1 milhão no mesmo período do ano anterior. No acumulado entre janeiro e dezembro, o resultado foi positivo em R$ 726 milhões, uma expansão de 43% em relação ao mesmo período de 2013.

     O balanço anual, de acordo com a petroquímica, foi influenciado positivamente por um melhor resultado operacional e pela alienação de ativos não estratégicos. O ano de 2014 foi marcado pela recuperação dos spreads do setor petroquímico no mercado internacional e o dólar em alta, o que beneficia a receita da companhia com as exportações. O efeito na linha financeira, usualmente negativa em períodos de desvalorização do real, foi mitigado pela contabilidade de hedge aplicada pela petroquímica desde maio de 2013.

     Os dados divulgados nesta quinta-feira, 12, também consideram a representação dos números de 2013, dado que a Braskem decidiu manter os investimentos na empresa Quantiq, ativo que havia sido colocado à venda em 2013.

     O Ebitda ajustado do quarto trimestre totalizou R$ 1,352 bilhão, uma expansão de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano, o resultado atingiu R$ 5,620 bilhões, alta de 17% em relação a 2013. A margem Ebitda do quarto trimestre ficou em 11,6%, contra 10,6% dos três últimos meses de 2013. No ano, a margem Ebitda média foi de 12,2%, alta de 0,5 ponto porcentual sobre os 11,7% do ano anterior.

     A receita líquida acumulada entre outubro e dezembro atingiu R$ 11,612 bilhões, 8% acima na comparação com o mesmo período de 2013. No acumulado de janeiro a dezembro, a receita somou R$ 46,031 bilhões, expansão de 12%.

     Spreads

     As margens da indústria petroquímica mundial devem continuar favoráveis até 2017, de acordo com o presidente da Braskem, Carlos Fadigas. As projeções apresentadas hoje pela petroquímica brasileira indicam que a oferta mundial de eteno terá avanço de 6,5 milhões de toneladas em 2015, levemente acima do crescimento médio de 6 milhões de toneladas na demanda anual regular.

     Para os anos seguintes, por outro lado, a expectativa de aumento da oferta é inferior a esse número de 6 milhões de toneladas. “O que está entrando de capacidade nova é menos do que a demanda, o que indica que teremos um mercado equilibrado até 2017”, afirmou Fadigas durante entrevista concedida neste momento em São Paulo. A partir de 2017 e 2018, novas fábricas petroquímicas devem entrar em operação nos Estados Unidos, provocando desarranjo na relação entre oferta e demanda mundial.

    Com informações do ESTADÃO