Deputados acusam presidente da CCJ de favorecer Cunha

Ao término da sessão da Comissão de Constituição e Justiça, líderes partidários acusaram o grupo do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de manobra com a anuência do presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR). A avaliação é de que encerrar os trabalhos sem votar nesta quarta-feira, 13, o recurso do peemedebista visa protelar a análise e esperar a eleição de um presidente da Casa alinhado com Cunha, ou seja, escolher alguém capaz de segurar o processo contra o peemedebista. “O objetivo é evitar que o caso chegue ao fim”, disse o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ). O deputado acusou Serraglio de favorecer Cunha. “Isso foi uma manobra da qual fez parte o presidente da CCJ para suspender a sessão”, completou o petista Wadih Damous (RJ).

O petista repetiu que se a Câmara não cassar Cunha, o Judiciário vai intervir. “Ele será um permanente fator de crise enquanto ele for deputado”, observou. O tucano Betinho Gomes (PE) também deixou a sessão inconformado. “Isso mostra que Eduardo Cunha tem força aqui. Ele ficou ditando o ritmo o tempo inteiro e o presidente da CCJ foi influenciado por isso”, comentou. O deputado acredita que uma sessão na quinta-feira pela manhã, tem o risco de não ter quórum, principalmente por causa da eleição para presidente da Casa e o início do recesso.

Com informações do Estadão