Os altos índices de violência registrados na cidade de Lauro de Freitas foi alvo de críticas dos vereadores da oposição. A pauta entrou em discussão após a divulgação do Atlas da Violência 2017, nessa segunda-feira (5), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontou o município em segundo lugar entre 30 cidades mais violentas com população superior a 100 mil habitantes. Lauro de Freitas teve 177 homicídios – número menor do que outras cidades –, mas na porcentagem com a população, tem uma taxa de 92,5% de homicídios e 5,2% de MVCI.
“Esse ranking deixou a gente em uma situação que vai ter reflexos negativos para a cidade, no turismo, no comércio e em todo o desenvolvimento da cidade. Isso faz com que as pessoas se assustem mais e não tenha Lauro de Freitas como aquela cidade que nós acostumamos ver como agradável e que podia andar na rua”, afirmou o vereador Dr. Emanuel (PSDB), em entrevista ao programa Baiana Livre desta terça-feira (6).
Ele disse ainda a falta de ações do governo municipal e estadual para o combate a violência no município precisa ser mais eficiente. “A violência no Brasil é muito mais ampla. Não vai se resolver violência no país discutindo a violência com arma de fogo porque vai se gerar mais violência. As causas da violência não estão apenas para ser resolvida nas mãos da polícia. A gente não pode responsabilizar a Polícia Militar e a Civil como responsáveis de resolver o problema da violência. A violência tem uma amplitude maior em todos os aspectos como as questões sociais, educacionais, de saúde pública, familiar, racismo, onde as pessoas não têm condições básicas de vida”, reiterou.
Além de Lauro de Freitas, aparecem no ranking Simões Filho (5º), Teixeira de Freitas (7º), Porto Seguro (9º), Barreiras (14º), Camaçari (15º), Alagoinhas (18º), Eunápolis (19º) e Feira de Santana (30º).