Vigilantes da Bahia aceitam propostas e greve chega ao fim

    Foto: MPT- BA

    Empresas de vigilância e trabalhadores do setor em todo o estado chegaram a um acordo durante a mediação realizada na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Corredor da Vitória, no fim da tarde desta terça-feira (7). Com isso, a categoria encerrou a greve que já durava 15 dias e afetava serviços bancários e o funcionamento de repartições públicas e museus. No total, 12 mil vigilantes em Salvador e 32 mil em toda a Bahia.

    O acordo coletivo prevê reajuste de 6% sobre os salários, redução de 20% para 15% do valor descontado do trabalhador sobre o vale-alimentação e pagamento ou compensação dos dias parados. A jornada de trabalha de 12 horas por 36 de descanso foi mantida e será discutida posteriormente.

    “Sempre acreditamos que a saída desse impasse através da negociação seria melhor para todos. Por isso insistimos, mesmo após oito rodadas na Superintendência Regional do Trabalho, em iniciar aqui no MPT um novo momento de entendimento. Parabenizo patrões e empregados pela capacidade de negociar e chegar a esse acordo”, avaliou o procurador do trabalho Luís Carneiro.

    A proposta acordada e imediatamente aprovada em assembleia pelos trabalhadores, realizada em frente à sede do MPT prevê que os salários serão reajustados a partir do mês de maio, mas que a diferença desses dois meses só será creditada aos trabalhadores na folha paga em setembro. A data-base da categoria também ficou mantida em 1º de fevereiro. O índice de 6% supera a inflação no período medida pelo INPC, que foi de 5,44% – houve, portanto, um ganho real de 0,56%.