Região Metropolitana: Trabalhadores denunciam suposta venda de vaga de emprego

As denúncias que envolvem a suposta venda de cartas de emprego para trabalhar na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, têm sido alvo de várias reclamações por parte dos candidatos na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com o coordenador do SineBahia, Hildásio Pitanga, o processo de convocação dos trabalhadores para as vagas da “parada” de manutenção da unidade da Petrobras não garante a contratação do trabalhador. “O SineBahia faz o processo de intermediação, as vagas não são do SineBahia. As vagas pertencem as empresas que serão contratadas pela Petrobras para executar a manutenção da Refinaria. As pessoas chamam essas cartas que nós encaminhamos como carta de emprego, mas de fato ela é uma carta de encaminhamento para o processo de seleção. Essa carta não está garantindo inicialmente um emprego que o trabalhador vai ser contratado. Ele vai precisar participar de um processo seletivo, ele vai ter que apresentar suas qualificações”, explicou o coordenador, em entrevista ao programa Baiana Livre desta quinta-feira (19).

Sobre o áudio em que mostra uma suposta venda de vagas, vazado nas redes sociais, ele ressaltou que o alto índice de desemprego desencadeia essa situação. “Fui surpreendido com um áudio que circulou nas redes sociais com uma suposta voz minha, negociando uma possível carta. Esse fato, inclusive, para nós aqui da Secretaria, já tomamos providências legais para fazer a investigação porque trata-se de um ato criminoso, além de outros que temos conhecimento, de trabalhadores estão sendo convocados por pessoas, carta que está sendo entregue. Tudo isso acontece nesse momento em função da própria situação que a gente está vivendo. A gente que estamos em um momento de grande dificuldade, de desemprego, de uma situação difícil para o trabalhador”, afirmou.

Hildásio destacou ainda que o trabalhador deve ficar atento a falsa promessa da carta de emprego. “Não acredite e não pague a ninguém para ter esta carta porque ela é emitida com base no seu perfil profissional e no perfil da vaga. A partir desse cruzamento é que a gente faz o contato com o trabalhador e ele se dirige a unidade e pega usa carta de encaminhamento para a seleção”, ressaltou.