Representantes do Sindicato de Motoristas por Aplicativo (Simactter-BA), da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA), das Polícias Civil e Militar e das empresas de aplicativos de transporte participaram na manhã desta segunda-feira (16) de uma reunião para discutir as principais reivindicações da categoria. O encontro ocorreu após a morte de quatro motoristas na última sexta-feira (13), no Jardim Santo Inácio.
Um grupo de motoristas de transporte por aplicativo protestou na manhã de hoje, em frente ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, contra a chacina.
Os motoristas solicitaram a intervenção da SSP/BA junto às empresas de aplicativo de transporte, para que iniciativas de prevenção à violência contra os motoristas sejam adotadas. De acordo com o presidente da entidade, Átila Santana, as empresas podem oferecer mais segurança aos motoristas. “Somos mais de 28 mil trabalhadores só em Salvador. A rigidez na seleção do passageiro deve ser a mesma que as empresas exigem de nós motoristas”, afirmou.
A SSP/BA informou que as investigações continuam em andamento. “A polícia está toda empenhada em elucidar este crime bárbaro, sem precedentes. Um crime totalmente atípico que não ficará sem resposta”, afirmou o subsecretário Ary Pereira de Oliveira.
O comandante-geral da PM, coronel Anselmo Brandão, e o delegado-geral da Polícia Civil, Bernardino Brito, disseram também que serão reforçadas ações preventivas para garantir a segurança dos motoristas.
As vítimas da chacina ocorrida na sexta foram identificados como Alisson Silva Damasceno dos Santos (27), Daniel Santos da Silva (30), Genivaldo da Silva Félix (48) e Sávio da Silva Dias (23). Segundo a polícia, eles são motoristas dos aplicativos Uber e 99.
Um quinto motorista de aplicativo conseguiu escapar dos criminosos e relatou à polícia que todas as vítimas foram atraídas ao local para uma emboscada após atenderem ao chamado de duas travestis, que solicitaram as corridas para a comunidade.