A Polícia Federal (PF) cumpre mandados na casa do de Paulo Bittencourt, superintendente do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), contratado pela prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), para gestão complementar de unidades de saúde UPA e Multicentros.
A ação, que acontece na manhã desta quinta-feira (9), é em conjunto com a Controladoria Geral da União–CGU, e é um desdobramento da Operação Kepler, que desarticulou um esquema criminoso de fraude à licitação, superfaturamento, desvio de recursos públicos, peculato e lavagem de ativos, na contratação do instituto.
Nesta fase, são investigados contratos firmados nos anos de 2016 e 2018 com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). Na primeira fase, as investigações apontaram que as licitações eram direcionadas a beneficiar um Instituto contratado, o qual terceirizava, através de contratos superpostos e genéricos, parcelas do serviço a empresas recém constituídas e vinculadas ao próprio Instituto, tudo como mecanismo de retornar os valores das subcontratações em benefício de seus representantes e para suposto pagamento de propina a servidores vinculados à SMS/PMS.
Até o momento, foram identificados pagamentos, em razões dessas contratações fictícias, que ultrapassam R$ 2 milhões. As investigações apontaram ainda para a existência de superfaturamento de cerca de R$ 8 milhões, com potencial de desvio ainda maior, vez que que os contratos continuam em vigência e plena execução