Estados mostram dificuldades para cumprir novo piso salarial dos professores

    Os estados brasileiros relatam suas dificuldades para cumprir o novo piso salarial dos professores em 2015. O valor passou de R$ 1.697 em 2014 para R$ 1.917,78, um reajuste de 13,01%, acima da inflação e superior, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), à receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Ainda em início de mandato, os governos se organizam para avaliar o novo valor. Alguns estados como Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, Paraná e Santa Catarina afirmaram das dificuldades em ajustar o piso salarial.

    Os prefeitos baianos receberam com preocupação o anúncio feito, na terça-feira, pelo ministro da Educação, Cid Gomes, do reajuste em 13,01% do piso salarial dos professores da rede pública. Muitos gestores temem não se adequar ao pagamento do novo salário, que deve ser reajustado para pagamento já no próximo mês.

    Para a União dos Municípios da Bahia (UPB), o que preocupa é que a estimativa de reajuste do repasse do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) não acompanhe o mesmo percentual. “Já foi apertado fechar as contas no ano passado, então, é preocupante”, afirmou Maria Quitéria, presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva.

    A Lei do Piso estabelece o valor mínimo a ser pago aos professores com formação de nível médio, com jornada de 40 horas semanais. O reajuste é feito anualmente, com base no aumento do percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, ou seja, a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno, definido nacionalmente pelo Fundeb.

    O piso salarial subiu de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011. Em 2012, o valor era R$ 1.451. Em 2013, o piso passou para R$ 1.567 e em 2014 foi reajustado para R$ 1.697. O maior reajuste foi registrado em 2012, com 22,22%. Antes de anunciar o novo valor, o ministro da Educação, Cid Gomes, reuniu-se com representantes do Consed, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

    Com informações da Agência Brasil e Correio/ Foto: Claudionor Junior -Ascom Educação