Sem silêncio de Aras não teríamos democracia, afirma ministro Dias Toffoli

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou que o Brasil se aproximou de uma ruptura democrática e que, se não fosse a “força do silêncio” do procurador-geral da República, Augusto Aras, talvez o país não estivesse em uma democracia.  A declaração foi feita nesta segunda-feira (25) durante uma cerimônia do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em que o chefe do MPF (Ministério Público Federal) entregou medalhas a autoridades.

“Não fosse a responsabilidade, a paciência, a discrição e a força de seu silêncio, Augusto Aras, talvez nós não estivéssemos aqui. Nós não teríamos, talvez, democracia […] Porque poucas pessoas sabem, mas estivemos bem próximos da ruptura. E na ruptura não tem Ministério Público, não tem direitos, não tem a graça”, afirmou.

Nesta terça-feira (26), o mandato de Augusto Aras se encerra à frente da Procuradoria-Geral da República. Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não anunciou um substituto, quem assume é a interina de Aras, a subprocuradora-geral Elizeta Ramos.