Por Tribuna da Bahia
O mau tempo e o dia chuvoso não afastaram os centenas de fiéis que se reuniram na Igreja e Convento de São Francisco, ontem (23), para demonstrar toda sua fé e devoção a São Jorge, conhecido na comunidade católica como Santo Guerreiro. Uma programação especial foi feita ao longo de todo o dia, com alvorada de fogos que deu início as comemorações.
A missa foi presidida pelo Frei Pedro Júnior Freitas, em um clima de grande animação e fervor religioso. Durante a celebração, Frei Pedro compartilhou com os presentes um pouco da história de São Jorge e seus feitos, inspirando os fiéis a renovarem sua devoção e fé no santo padroeiro. Ao final da missa, os fiéis foram até a imagem do santo presente na igreja para tocá-la e tirar fotos, em mais uma demonstração da fé.
A história conta que São Jorge era oficial do Exército de Diocleciano e morreu decapitado como mártir em 303, após horríveis torturas, por não negar sua fé durante as perseguições anticristãs desencadeadas pelo imperador romano. Seu caso mais famoso é o episódio lendário em que, protegido pela Cruz, mata o dragão que devorava as pessoas. O que traz o símbolo de fé que triunfa sobre o mal.
O Santo Guerreiro também é considerado padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ele é invocado ainda contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas. O Santo é honrado também pelos muçulmanos, que lhe deram o apelativo de “profeta”.
A recepcionista Vânia Santos, em entrevista a equipe da Tribuna da Bahia contou como surgiu sua devoção ao Santo Guerreiro. Segundo ela, tudo começou com seu casamento. “Na verdade, sou devota de Santa Barbara, mas aí após me relacionar com uma pessoa e me casar com ela, passei também a ser devota de São Jorge. Foi ele que me trouxe para ser adepta do santo. Todos os anos nós estamos presentes na missa, mas, esse ano, infelizmente, ele não pode vir. Eu estou representando a nós dois aqui, demonstrando nossa fé e pronta para fazer uma festa linda para ele”, contou.
Já o professor Bruno Monteiro conta que sua relação com São Jorge começou na infância e que desde então, sempre está colocando o santo em suas orações. “Eu fui apresentado a São Jorge por meio de minha avó, que era devota. Todos os dias, antes de sair de casa, faço a oração dele pedindo proteção. Então sempre atribuo a ele a proteção na minha vida, proteção dos perigos que encontramos no dia a dia”, ressaltou o professor.