Lava Jato: Cunha diz que houve motivação política para inquérito contra ele

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou hoje (12), em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que houve motivação política para a citação de seu nome na lista com pedido de abertura de inquérito encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal.

“O Ministério Público escolheu a quem investigar; não investigou a todos, não teve um critério único para todos e, por motivações de natureza política, ele escolheu aqueles que eram alvo de investigação”, disse Cunha durante o seu depoimento. No depoimento, prestado de forma espontânea, Cunha criticou a petição encaminhada por Janot, na qual é pedida a abertura de inquérito contra ele pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, classificando-a de “piada”.

Ele rebateu as acusações formuladas por Janot, a partir da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, de que o deputado recebeu propina pelo contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui. Ainda de acordo com Youssef, Cunha teria pressionado as empresas, por meio de requerimentos na Câmara, por terem parado de pagar a propina.

“Eu não assinei nem fiz pedido para que apresentassem requerimento”, afirmou Cunha. “Se havia suspeição de que esses requerimentos pudessem ter sido feitos por suposta pressão, por que o procurador não considerou necessária a abertura de inquérito?”, questionou.

Com informações da Agência Brasil