Justiça condena integrantes da Banda New Hit a 11 anos e 8 meses de prisão

    Os integrantes da banda de pagode New Hit, acusados de estuprar duas fãs adolescentes em agosto de 2012, foram condenados a 11 anos e oito meses de reclusão nesta quarta-feira (6). Segundo informações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), os réus podem recorrer da decisão e ficarão em liberdade até que todos os recursos possíveis sejam julgados.

    Os integrantes Alan Aragão Trigueiros, Edson Bonfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo Borges Lopes e William Ricardo de Farias foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que os acusou de prática de estupro qualificado.

    O MP também denunciou o ex-policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão, que foi exonerado após acusação de conivência no crime. Ele foi condenado à mesma pena dos integrantes da banda na sentença proferida pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Crime da cidade de Ruy Barbosa, no interior da Bahia. Conforme a decisão, os condenados devem cumprir a pena em regime fechado. Mas como compareceram a todas as convocações da Justiça durante o processo, poderão ficar em liberdade até que todos os recursos sejam julgados.

    A advogada das duas jovens, Maria Cristina Carneiro, disse que ficou surpresa com a sentença e discorda da pena de 11 anos e 8 meses para todos. Ela acha que as penas deveriam ser diferentes, porque houve participações diferentes no crime.

     Caso

    De acordo com a denúncia do MP, na madrugada do dia 26 de agosto de 2012, no centro da cidade de Ruy Barbosa, a 320 quilômetros de Salvador, os integrantes do grupo de pagode teriam abusado sexualmente de duas adolescentes que tinham 16 anos à época. O estupro teria ocorrido após os músicos receberem as jovens para sessão de fotos no ônibus da banda.

    O cantor e outros oito integrantes da ex-banda New Hit foram presos e depois soltos para responderem a acusação em liberdade. Segundo a Justiça, durante o processo, além das duas vítimas e dez acusados, foram ouvidas 12 testemunhas arroladas pela acusação, por meio do Ministério Público, e 53 testemunha de defesa.

     

    Com informações do G1/ foto: Varela Notícias