Candeias: Deputado propõe pagamento de indenização aos usuários da Prainha

Recentemente a Braskem, subsidiária do Grupo Odebrecht, e o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) encaminharam à Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) e ao Inema uma análise de risco ambiental da área da Prainha, alegando que a utilização da área em Candeias por banhistas representaria risco à saúde dos seus frequentadores. Após o episódio, o deputado estadual Marcell Moraes (PV) iniciou a coleta de informações dos usuários da “Prainha” para propor uma ação de indenização contra o Cofic e a Braskem.

A iniciativa busca compensar os riscos que a que se submeteram as pessoas que utilizaram e ainda utilizam a o local, as quais podem ter sofrido danos advindos da ausência de sinalização alertando para os perigos mencionados no relatório elaborado pela consultoria Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente S/A, contratada pela própria Braskem. Há pouco menos de 30 dias, a Braskem finalmente colocou placas no local, depois de anos sem qualquer advertência.

Além disso, o deputado promove audiência pública que se realizará no dia 3 de junho, às 9h30, no plenário do Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães, na Assembleia Legislativa, para discutir o problema com os usuários e frequentadores da “Prainha”. Na oportunidade, os presentes terão a oportunidade de defender a preservação ambiental e continuidade das atividades de lazer e diversão no local.

Polêmica

A área virou alvo de polêmica por conta do projeto de construção do novo terminal industrial da petroquímica Braskem. A polêmica em torno da localidade está ligada na aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Candeias (PDDM), aprovado em 2015 pelos vereadores que considera área de proteção ambiental do município.

O debate acerca do assunto tem dois pesos: a parte do desenvolvimento com a geração de emprego, as contrapartidas que o município pode ter com a reforma do Estádio Municipal e da orla do distrito de Caboto, e a perda da Prainha da Boca do Rio, considerada uma área de lazer do município.

Duas audiências públicas para debater o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental da construção do terminal  estão marcadas para  9 e 10 de junho.