O conjunto de rodas e um som automotivo teriam sido a motivação para o latrocínio do motorista Júlio César Souza de França, de 48 anos, morto por asfixia depois de marcar um encontro com as gêmeas Maíse e Michele Santos de Araújo, de 23 anos, em seu apartamento, em Colinas de Periperi, no dia 2 de abril deste ano.
Apresentadas à imprensa, na manhã desta segunda-feira (15), no edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade, pelas delegadas Francineide Moura, titular da 28ª Delegacia Territorial (DT), do Nordeste de Amaralina, e Fernanda Porfírio, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), Maíse e Michele atraíam homens por meio de um site de relacionamentos e marcavam encontros em bares ou na casa das vítimas.
De acordo com as investigações conduzidas pela delegada Francineide Moura, as gêmeas são acusadas de aplicar o golpe “boa noite Cinderela” em 12 vítimas e estavam sendo procuradas pela polícia desde o início de julho.
Segundo a Polícia Civil, no local do encontro, a vítima era dopada com um tranquilizante e, em seguida, tinha todos os pertences furtados. De um dos homens, elas chegaram a levar uma motocicleta. Nas residências que tiveram acesso, subtraíram eletrodomésticos e até alimentos.
A polícia apurou que as irmãs contavam com a ajuda de um comparsa identificado como Anderson Rezende de Almeida, que era responsável por transportar e revender o material furtado pelas duas. Um quarto cúmplice das mulheres, também já foi identificado e está sendo procurado.
Maíse e Michele foram presas em Jardim Nova Esperança, onde chegavam para comemorar o aniversário de Anderson. As duas vinham sendo monitoradas pela polícia e estavam escondidas na localidade Dois Irmãos, no bairro da Engomadeira, onde passaram a viver sob a proteção de traficantes daquela área. Chegaram a cortar os cabelos para evitarem reconhecimento.