ACM Neto quer Bruno Reis mais próximo dele na prefeitura

O prefeito ACM Neto (DEM) começou a desenhar o novo governo um dia após ser reeleito com 74% dos votos. Em entrevista coletiva na última segunda-feira (3), o democrata disse que montou uma equipe liderada pelo ex-secretário da Casa Civil Luiz Carrera para coordenar o processo, que poderá até ter mudanças em secretarias. Neto informou ainda que nomes que atualmente compõem o seu quadro administrativo podem permanecer, e outros que saíram têm chances de retornar. Questionado sobre as mudanças e quais seriam esses aliados, Neto foi firme ao dizer que o assunto só seria discutido no final de dezembro.

Nos bastidores, entretanto, já se comenta que o vice eleito, Bruno Reis (PMDB), não receberá o comando de nenhuma pasta, o que estaria relacionado aos objetivos políticos de Neto para 2018. O democrata teria planos de manter o peemedebista bem próximo para acompanhar a administração da cidade como um todo, e, assim, treiná-lo para quando assumisse a prefeitura. Além disso, Bruno começaria a ser preparado para atuar como articulador político na campanha para o governo estadual.

Em outra perspectiva, o vice cuidaria de dialogar com o governo federal para trazer recursos para o município, já que possui relação direta com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB). No último domingo, Lima conversou com a Tribuna e sinalizou que estaria “de portas abertas” para os interesses da administração municipal. “Acho que ele tem portas abertas, escancaradas, e me tem lá como um embaixador pelos pleitos de Salvador junto ao governo federal. Não vai faltar apoio para que ele possa fazer uma gestão ainda mais qualificada que a atual”, declarou.

Porém, apesar da discrição, aos poucos, o prefeito vai recompondo sua equipe, a qual havia se dispersado por conta da disputa eleitoral. O secretário particular do prefeito, João Roma, voltou para o antigo posto, que deixou para disputar a vice pelo PRB e deve permanecer no próximo mandato. À época, o PRB, materializado nas figuras dos dirigentes na Bahia, Tia Eron e Sidelvan Nóbrega, chegaram a ameaçar romper com o alcaide caso fosse preterido, mas não chegou concretizar o intento.