Mais de 700 PMs do Espírito Santo são indiciados por crime de revolta

VITORIA ES ESPIRITO SANTO 08/02/2017 METROPOLE / GREVE / PARALISAÇÃO POLICIA MILITAR / POLÍCIA CIVIL - Polícias Civis do Espírito Santo (ES) realizaram uma passeata da Chefia de Policia até o Batalhão da PM e declararam apoio ao movimento realizado por familiares de Policiais Militares, em Vitória (ES). FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Após o fracasso nas negociações com policiais militares do Espírito Santo, o governo capixaba decidiu endurecer com os PMs e com as mulheres líderes do motim. No total, 703 policiais militares já foram indiciados por crime de revolta, que é um motim realizado por PMs armados. A pena prevista para os policiais envolvidos pode chegar a 20 anos de prisão. As mulheres líderes do movimento também serão responsabilizadas pelos custos com a mobilização das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança.

ENTENDA A CRISE NO ESPÍRITO SANTO

Familiares e amigos de policiais militares no Espírito Santo começaram, na noite de sexta-feira, 3, a fazer manifestações impedindo a saída das viaturas para as ruas e afetando a segurança dos municípios.  Sem reajuste há quatro anos, os PMs reivindicam aumento salarial e melhores condições de trabalho.

O motim dos policiais levou a uma onda de homicídios e ataques a lojas. Com medo, a população passou a evitar sair de casa e donos de estabelecimentos fecharam as portas. Os capixabas já estocam comida.

Na segunda-feira, 6, a prefeitura de Vitória suspendeu o funcionamento das escolas municipais e de  unidades de saúde.  Para tentar conter o motim, o governo criou na quarta-feira, 8, um comitê de negociação com representantes do movimento que impede a saída de policiais militares dos batalhões das principais cidades do Estado.