Candeias: Secretário fala sobre greve dos professores e reposição de aulas

O secretário municipal de Educação, Jair Cardoso, disse  nesta quarta-feira (5), em entrevista a Rádio Baiana FM, que a decisão judicial que determinou o fim da greve dos professores não tem o objetivo de enfraquecer o movimento, mas que deve ser cumprida a lei. A categoria entrou em greve no dia 13 de março e reivindica 7,64%, melhorias nas unidades de ensino e o plano de cargos e salários. “O município reconhece o direito dos servidores de fazer greve, reconhecemos que é legítima. Mas, reconhecemos que a sociedade não pode ser penalizada dessa forma com milhares de crianças e adolescentes sem o direito a educação como está na Constituição Federal”, afirmou o secretário.

Ele ressaltou ainda que não houve corte de salários dos professores que aderiram a paralisação que completa hoje 22 dias. “Os salários foram pagos integralmente. O município, em nenhum momento, cortou os salários. O prefeito determinou que os salários fossem pagos. Não houve nenhuma retaliação”, observou.

Duas novas rodadas de negociações estão marcadas para esta quarta (5) e quinta (6) entre os professores e a Prefeitura. Na pauta, serão discutidos o percentual de reajuste e o calendário de reposição de aulas. “Estaremos discutindo com o sindicato e a Secretaria de Educação. Não fazemos nada de cima para baixo. Não é uma decisão unilateral da Secretaria de Educação. Estamos convocando a representação sindical dos professores para ver de forma vamos repor esses dias parados. Existem propostas para os sábados e também em janeiro”, explicou Cardoso.

Fim da greve

Uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), dessa terça-feira (4), determinou o fim do da greve dos professores da rede municipal de ensino e estabeleceu multa de R$ 10 mil por dia não trabalhado. A desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli afirma que a “greve do setor de educação, serviço essencial, cuja falta vem causando prejuízo às crianças que utilizam a rede municipal de ensino”.

Negociações

Na última reunião, realizada no dia 24 de março, que durou cerca de duas horas, não houve avanço nas negociações e a categoria manteve a paralisação. Na proposta apresentada pela Prefeitura é oferecido reajuste de 6,58%, com pagamento de 6% no mês de março, sem retroativo e 0,58%, no mês de dezembro.