Greve dos professores é mantida após assembleia

    Com informações do G1 e Baiana FM/ Foto: Divulgação- APLB

    Os professores da rede municipal de Salvador decidiram manter a greve da categoria, em assembleia realizada nesta quarta-feira (25). A paralisação, que já dura duas semanas, foi iniciada no dia 11 de julho. Os docentes estão em campanha salarial e ainda não chegaram a um acordo com a prefeitura. A assembleia ocorreu no Ginásio dos Bancários, que fica no bairro dos Aflitos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), cerca de 60% dos docentes da capital aderiram à paralisação.

    Nessa terça-feira (24), professores fizeram uma “vigília” em frente à Secretaria de Gestão da cidade (Semge), no bairro dos Barris. Segundo o sindicato da categoria, os docentes tinham uma reunião marcada com os secretários municipais de gestão e educação, mas, até por volta das 20h, não tinham sido recebidos.

    Os professores alegam que tiveram cortes no salário deste mês e que, por isso, solicitaram a reunião. O sindicato diz que cerca de 2.400 professores vão ter algum corte nos salários.

    Campanha

    A greve dos professores, que estão em campanha salarial, afeta o funcionamento de parte das escolas na capital baiana. Inicialmente, a categoria havia pedido 12,5% de reajuste.

    Depois, fez uma contraproposta e apresentou novo índice de aumento: 6,8% linear mais os 2,5% de avanço na referência, que é uma promoção na carreira para os profissionais da educação que estão em atividade.

    A gestão municipal ofereceu R$ 2,5%, o que gera um impasse. O prefeito ACM Neto voltou a criticar o movimento, que considera partidário, e informou, em entrevista coletiva que 15% dos professores terão os pontos cortados já em julho. “Nós já cortamos o ponto daqueles que não trabalharam nos últimos dias, já tiveram o seu ponto cortado. Não é a medida que eu desejo. A prefeitura colocou na mesa uma proposta de 2,5% de reajuste, para valer menos de um ano”, explicou o prefeito.

    “Um movimento extremamente político. Lamentavelmente, o sindicato não quer tratar o assunto olhando o interesse do professor e, sim, olhando o aproveitamento de um ano político, como aconteceu em 2016”, finalizou.