Governadores do Nordeste pedem em carta manutenção dos Mais Médicos

    Foto: Marcos Brandão/Senado

    Os governadores dos nove estados da Região Nordeste se reuniram nesta quarta-feira (21), em Brasília, e redigiram carta ao presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL). No documento, os governadores pedem a Retomada de Obras Federais, a criação do Pacto Nacional pela Segurança; o Reequilíbrio do Pacto Federativo; Desbloqueio de Operações de Crédito dos Estados; alteração no Fundeb, com ampliação financeira da União; e a manutenção do programa Mais Médicos. Segundo o governador da Bahia, Rui Costa, todos os chefes de estado externaram  preocupação com alterações no Mais Médicos. “O pedido é que tenhamos médicos. Se conseguirmos brasileiros para ocupar todas as vagas, vai ser ótimo. Se não conseguirmos, queremos dialogar para que, se for o caso, os estados possam fazer convênios com países que queiram o intercâmbio desses profissionais. Em minha opinião, saúde não é lugar para se ter preferência político-partidária ou ideológica. Portanto, é a saúde sem partido”, resumiu. Os governadores pediram agenda com o presidente eleito para entregarem em mãos a carta com as reivindicações.
    Bahia
    No caso da Bahia, o governador Rui Costa destacou a retomada de pagamentos de algumas obras. Ele explica que a Bahia arcou com suas parcelas e também com as parcelas de responsabilidade do governo federal em grandes obras, a exemplo do metrô de Salvador. “A União, hoje, só para as obras do metrô, falta repassar R$ 180 milhões e nós tivemos que arcar com recursos próprios para não deixar a obra paralisar. Não deixamos parar diversas outras obras, tendo que colocar recursos próprios enquanto não chegavam recursos do governo federal. Vai ficando uma situação quase que insuportável suprir todas as ausências de pagamento do governo federal para obras estruturantes do estado”, afirmou Rui.
    Ele também defendeu a obra da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que aguarda licitação para ser finalizada. “Nós trabalhamos inclusive para preparar estudo técnico de viabilidade econômica, financeira e entregamos ao governo federal. Buscamos atores econômicos internacionais interessados e pedimos essa celeridade”, ressaltou Rui Costa.