Em artigo, Aécio Neves diz que foi ingênuo e vítima de armação criminosa

Com informações do G1/ Foto: Divulgação

Em seu último artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (22), o senador afastado Aécio Neves (PSDB) afirmou que está “triste” com a divulgação de suas conversas com o dono do Grupo JBS, Joesley Batista, quando afirmou que quer receber R$ 2 milhões de Joesley para pagar a advogados. No artigo intitulado de “O Crime da Calúnia”, Aécio disse ainda que foi ingênuo. “Tenho sentimentos, sou de carne e osso, e esses acontecimentos me trouxeram enorme tristeza. Também, por certo, alimentaram decepção naqueles que confiaram em mim ao longo de minha vida pública”, ressaltou.

“Lamento sinceramente minha ingenuidade – a que ponto chegamos, ter de lamentar a boa-fé! Não sabia que na minha frente estava um criminoso sem escrúpulos, sem interesse na verdade, querendo apenas forjar citações que o ajudassem nos benefícios de sua delação. Além do mais, usei um vocabulário que não costumo usar, e me penitencio por isso, ao me referir a autoridades públicas com as quais já me desculpei pessoalmente”, completou.

O tucano também negou que tenho obstruído a operação Lava Jato: “Nenhum de meus atos legislativos e políticos demonstram qualquer intenção de obstruir a Lava Jato ou qualquer outra investigação, tampouco interferir em instituições encarregadas de apurar os fatos. Ao contrário, minhas posições sempre foram claras e legitimadas pelo exercício de meu mandato. […] A partir de agora, dedicarei cada instante de minha vida a provar minha inocência e a de meus familiares, a mostrar que honrei os mandatos e a confiança que os eleitores de Minas e de todo o país me delegaram em mais de 30 anos de vida pública”.