Peru tem maior mortalidade do mundo por coronavírus

Além de mortes sob suspeita que ainda não foram contabilizadas oficialmente, os números representam 85,8 mortes por 100.000 habitantes

Pacientes com covid-19 recebem atendimento em hospital em Lima, no Peru

Sergi Rugrand/Archivo/ EFE/ 26.08.2020

 

O Peru se tornou o país com a maior mortalidade do mundo por covid-19 nesta quarta-feira (26), depois que a Bélgica corrigiu seu número de mortes do coronavírus e subtraiu 121 mortes de seu balanço do impacto da doença.

A retificação das autoridades belgas fez com que o Peru detivesse agora aquele recorde mundial, marca que faltavam dias para chegar, pois o surto está longe de ser controlado e centenas de mortes ocorrem no sexto país do mundo com os casos mais confirmados acumulando mais de 607.000 infecções.As 28.000 mortes pelo vírus SARS-CoV-2 registradas no Peru se traduzem em uma mortalidade de 85,8 mortes por 100.000 habitantes, resultado da divisão do número de mortes pela população nacional de 32,6 milhões de habitantes, segundo o dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI).

Por sua vez, a nova taxa de mortalidade por coronavírus na Bélgica era de 85,5 mortes por 100.000 habitantes, agora registrando 9.878 mortes em uma população de pouco mais de 11,5 milhões de habitantes.México tem o dobro de mortos
A letalidade do coronavírus no Peru até agora é de 4,8%, o que significa que quatro em cada cem pessoas infectadas pelo vírus SARS-CoV-2 morrem, longe da taxa do México, que é de 10,8 %.

No entanto, a taxa de mortalidade no México é quase metade da do Peru, com 49 mortes por 100.000 habitantes.

Depois do Peru e da Bélgica, os próximos países com maiores taxas de mortalidade são o Reino Unido e a Espanha, com 62 e 61 mortes por 100.000 habitantes, respectivamente.

Durante o período pandêmico, o Sistema Nacional de Mortes (Sinadef) registrou picos de quase 700 óbitos em todo o país por qualquer causa, mas esses valores vêm diminuindo há duas semanas em uma lenta redução aos valores pré-pandêmicos que eram cerca de 200 mortes por dia.

 

Fonte:R7