CCR usa máscara condenada pela comunidade científica em propaganda

Sim, as máscaras de tricô são um belo acessório facial. Porém, como equipamento de proteção contra a Covid-19, comprovadamente não prestam. Condenadas já há algum tempo pela comunidade médica, as “bonitinhas, mas ordinárias” continuam estrelando comerciais do grupo CCR — o mesmo que administra o Metrô de Salvador. “Como vc vai?”, é o slogan da campanha. Ao qual poderia seguir a resposta: “Me arriscando e aos demais”.

Em novembro do ano passado, a influenciadora Fabiana Justus contraiu coronavírus usando máscara de tricô. “Eu tenho usado elas desde a semana passada. Não sei se foi isso, mas estou com medo dela não ser muito boa de proteção. Eu deveria ter pensado nisso antes”, disse a filha de Roberto Justus à época. Nesse mesmo período, infectologistas do país inteiro se manifestaram sobre o equipamento: “Só tem função estética”, condenaram unanimemente.

Também foram publicados, nas redes sociais, vídeos em que as máscaras são submetidas ao teste da vela, que consiste em soprar a chama através do tecido. Como o ar passa de dentro para fora, consequentemente também vem de fora para dentro, trazendo o vírus de brinde.

Mesmo assim, ao clicar em um vídeo monetizado no YouTube, você pode ser bombardeado (como eu fui) com uma propaganda do CCR onde a máscara de tricô é exibida em destaque, prestando enorme desserviço ao país vice-campeão mundial em mortes por Covid-19.