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Viver com dores é um sofrimento que acomete muitos brasileiros, e por vezes acaba tornando as atividades diárias exaustivas e difíceis. Cerca de 37%, ou 60 milhões de pessoas, sofrem com dores crônicas, que são aquelas que predominam entre três meses ou mais. Os dados são de um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), junto à Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Medicina e uma clínica especializada em tratamento de dores.

Há algum tempo, já existem na área da saúde, tratamentos alternativos para amenizar essas dores, fazendo com que o paciente tenha uma vida melhor. Entre estes procedimentos, está a ozonioterapia, uma alternativa descoberta no século XIX, que era utilizada na Alemanha de modo a combater a ação de germes e bactérias na pele humana. Ao longo dos anos, a técnica foi evoluindo e a metodologia utilizada hoje iniciou-se em meados da década de 1940.

Nesta terça-feira (27) o assunto foi tema do quadro “Momento do Especialista”, do programa Fala Comigo, que trouxe a ozonioterapeuta Tacianne Couto, que explicou mais sobre os benefícios e métodos da técnica que procura estimular o sistema imunológico e acelerar a regeneração celular.

“A ozonioterapia é uma técnica não invasiva que consiste na aplicação de uma mistura de ozônio e oxigênio em diferentes regiões do corpo. A ozonioterapia é capaz de reduzir a inflamação e a dor em diversas condições, como artrite, artrose, hérnia de disco, fibromialgia, entre outras. Além disso, ela também auxilia na melhora da circulação sanguínea e na oxigenação dos tecidos e até mesmo na melhora do sono”, afirmou a especialista.

A aplicação da ozonioterapia pode ser feita de várias formas, contanto, cada paciente é um caso singular e necessita anteriormente de uma avaliação sobre seu estado de saúde. Após o alinhamento das áreas a serem tratadas, juntamente ao especialista, o método é colocado em prática.

“Inicialmente nós fazemos uma consulta para poder conhecer esse paciente, histórias de vida, hábitos, porque a gente precisa mudar muitas coisas. Ajustar a alimentação, os hábitos de vida, então a gente precisa fazer essa análise bem detalhada, associada a isso, eu solicito também exames de laboratório e exames de imagem, para a gente poder fazer um trabalho assertivo”, detalhou Couto.

Segundo a especialista, o uso da técnica não tem restrição de idade, podendo ser realizada em crianças, idosos e também em gestantes e usuários de tabaco e álcool. “A ozonioterapia não tem idade, pode ser feita até em crianças e mulheres grávidas. Os pacientes que são adeptos ao consumo de álcool e cigarro podem realizar o tratamento, não tem nenhuma interferência porque é um tratamento natural. Porém, se o paciente está querendo uma melhora, a gente orienta que ele diminua ou pelo menos suspenda o uso durante o tratamento porque são duas substâncias inflamatórias. Por exemplo: nós desinflamamos hoje e amanhã você inflama de novo com álcool, isso faz com que não se tenha aquele resultado esperado”.

A entrevista completa está disponível no canal do YouTube da Rede Baiana de Comunicação. O programa “Fala Comigo” vai ao ar de segunda a sexta-feira das 06:00 às 08:00 hrs e aos sábados das 07:00 às 08:00hrs e é apresentado por Edilton Luis e Rafael Santana.