Camaçari: Possíveis demissões geram críticas a governo municipal por parte da oposição

A situação dos trabalhadores da cidade de Camaçari tem se agravado por conta da crise econômica que afeta o país. Isto porque, a maior parte dos postos de trabalho localizados na Ford Company, sinaliza a demissão de 1,5 mil trabalhadores. O clima de incerteza chegou até a Câmara de Vereadores do município, provocando críticas à gestão municipal e ao governo do Estado por parte da oposição.

“O governador [Rui Costa] e o prefeito [Ademar Delgado] não perceberam a gravidade do problema. Isso vai dificultar muito a Bahia na questão do desemprego e em Camaçari. A situação não está boa, com o polo petroquímico que tem mandado trabalhadores embora. O prefeito Ademar tem feito cortes e tem mandado servidores públicos embora. Isso tem prejudicado nosso comércio. Agora tem essa ameaça da Ford que teve o tempo todo, isenções do nosso governo municipal e agora quer mandar 1,5 mil trabalhadores embora. Achei uma falta de compromisso do governador Rui Costa e do prefeito Ademar que não perceberam a gravidade desse problema”, afirmou o vereador da oposição, Antônio Elinaldo (DEM), em entrevista ao programa Baiana Livre desta terça-feira (20).

Para evitar as possíveis demissões, cerca de 3 mil trabalhadores realizaram na manhã de hoje uma manifestação em frente a Cidade do Saber, durante o lançamento do Programa Educacional da montadora em parceria com o governo do Estado. O evento contou com a presença do governador Rui Costa e do prefeito Ademar Delgado. Além dos trabalhadores da Ford, professores da rede municipal de ensino também participaram da manifestação. A categoria afirma que a prefeitura não cumpriu o acordo que determinou a suspensão da greve que ocorreu no mês de março.

“Os professores de Camaçari são maltratados e desrespeitados por esse governo que aí está. O que nós podemos fazer é pressionar o governo e esse prefeito que cumpra o acordo firmado, um acordo quase que inexistente, de miséria. Ele não deu quase que reajuste nenhum aos professores e hoje não quer cumprir. É um governo só de promessas, só quer fazer paliativos e não respeita os trabalhadores”, criticou o vereador Jorge Curvelo (DEM).