Candeias: Adolescente acusada de matar menino de 9 anos deve cumprir medida socioeducativa

A adolescente de 16 anos acusada de matar o menino Adonay Rafael dos Santos, de 9 anos, vai responder a medida socioeducativa  por crime análogo de homicídio, estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena máxima de três anos de internação. Apreendida na manhã de ontem (7), após ser denunciada pelo próprio pai, o ajudante Fábio Pereira, a jovem está internada na Comunidade de Atendimento Socioeducativa (Case) Feminina de Salvador, em Tancredo Neves. O local tem capacidade para 35 jovens, com idade entre 12 e 21 anos.

O corpo da criança foi localizado na última terça-feira (6), por volta das 23h30, no bairro da Quitéria, nas proximidades da BA-522, depois do pai da suspeita sentir mau cheiro vindo da casa. “Quando abrir o freezer vi o garoto em um estado desesperador que eu não aguentei ver”, disse o pai em entrevista ao programa Fala Comigo desta quarta-feira (7).

Gritos de justiça eram ecoados pela multidão que acompanharam sepultamento de Adonay, realizado na tarde de ontem (7) no Cemitério Recanto da Saudade. Bastante emocionados amigos e parentes  não conseguiam a revolta pelo crime que chocou a Região Metropolitana. 

criança adonay
Foto: reprodução

Segundo o delegado titular Marcos Laranjeiras, a adolescente que é usuária de drogas, contou em depoimento que pretendia sequestrar o garoto e pedir  o regaste de R$ 600 para comprar drogas, mas acabou desistindo e cometeu o crime. “Ela espontaneamente deu remédio sonolento para a criança e após a criança ingerir o remédio, ela estrangulou causando a morte por asfixia mecânica. O intuito dela era angariar R$ 600 da família da criança a título de sequestro e iria comprar drogas. Ela desistiu de comprar e resolver matar a criança e ocultar o cadáver no freezer”, afirmou o delegado.

De acordo com a mãe da criança, Paula Santos, a adolescente  ajudou nas buscas pela criança. “Ela é uma pessoa que eu conhecia. Eu a vi crescer, falava com todo mundo. O pai  e a mãe dela não tem culpa do que ela fez. A gente não pode cometer injustiça. Ela é um monstro”, contou à mãe.