Incontinência urinária: especialista explica o que é, causas, sintomas, tratamento

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Larissa Alves

A incontinência urinária é um distúrbio na bexiga que resulta no escape involuntário de urina em grande ou maior quantidade pela uretra. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos.

Nesta terça-feira (26), o programa “Fala Comigo” recebeu como convidada do quadro “Momento do especialista” a fisioterapeuta pélvica, Adriana Azevedo, que falou sobre os sintomas mais comuns deste disfuncionamento, podendo vir de atividades cotidianas, como, por exemplo, exercícios físicos ou uma simples risada.

“O mais comum é aquela gargalhada que a gente fala. Eu ri tanto, a gargalhada foi tão gostosa que perdi urina. Tava praticando atividade física, jump, pulando corda, tive escape de urina. Estou gestante, escape de urina. Então, todas as pessoas normalizam, encontram um motivo para normalizar essa condição que ela não é normal”

Entre as mulheres, o tipo de incontinência mais comum é a de escape, mas também há outros tipos de manifestações. “É importante falar que a incontinência urinária, ela tem alguns tipos: A incontinência urinária de esforço, que é quando se pega peso… espirro. Geralmente é devido a uma fraqueza da musculatura, uma tensão, onde há um atraso do fechamento da uretra, ou do assoalho pélvico”, disse a fisioterapeuta.

Já as causas variam entre problemas com tabagismo e alimentação alta em consumo de cafeína, industrializados e produtos condimentados “Com essa questão da nicotina, é como se a musculatura da bexiga estivesse o tempo todo sendo hiper acionada. O café, ele tem a cafeína, então, por si só, ela já é uma bebida estimulante. Então, o que faz com a minha bexiga? O cérebro fica mandando bexiga para essa bexiga e ela fica o tempo todo ali contraindo. Pessoas que gostam de comer muita pimenta, alimentos condimentados, bebidas industrializadas, sucos, refrigerantes, tudo isso faz com que ocorra uma irritabilidade na bexiga, nessa musculatura detrusona”, expôs a entrevistada.

A fisioterapeuta pélvica Adriana Azevedo durante o quadro “Momento do especialista”, nesta terça-feira (26)

Tratamento:

O tratamento dos casos mais comuns, como a bexiga hiperativa, pode ser feito através de medicação específica e fisioterapia. Caso estes dois métodos não funcionem, tratamentos alternativos como implementação de botox ou implante de marcapasso podem ser considerados.

Já para os casos de incontinência urinária de esforço, a especialista recomenda tratamento fisioterapêutico ou a cirurgia, que é quando se coloca uma tela embaixo da uretra para dar sustentação e melhorar o funcionamento do músculo esfincter, que não estava segurando a urina.

Malefícios da falta de cuidado:

Com o diagnóstico positivo, o portador da condição é indicado a realizar algum dos recursos terapêuticos, caso não seja realizado, os prejuízos são grandes, explica a especialista.

“Os prejuízos são enormes, principalmente em relação à qualidade de vida dessas pessoas. Muitas fazem uso de fralda descartável e isso não é tratamento. Fazem uso de protetor diário que traz outras condições, por aquela região ficar abafada por muito tempo. Então, tem a própria questão da pessoa estar se privando de determinados lugares, praticando algum tipo de exercício com medo do escape de urina. E sem contar também o mau cheiro que muitos relatam”.

Lembrando que a entrevista com a especialista já está disponível no canal do YouTube da Rede Baiana de Comunicação. O programa “Fala Comigo” é apresentado por Edilton Luis e Rafael Santana e vai ao ar de segunda a sexta-feira das 06:00 às 08:00 hrs, e aos sábados das 07:00 às 08:00hrs, na Baiana FM a rádio que você não para de ouvir!