O município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, assume nesta terça-feira (25) o posto de capital da Bahia. O evento que marca o início das celebrações da Independência do Brasil na Bahia, comemorado no dia 2 de julho, é lei desde 2007 e honra o histórico de heroísmo da região.

O governador Jerônimo Rodrigues cumpre agenda no município de Cachoeira, que se torna sede do governo estadual por um dia, onde fará uma série de entregas, autorizações e anúncios.

Entre os atos estão ações voltadas para o reconhecimento, junto ao Ministério da Educação, da importância do município para a história do Brasil; para regularização fundiária de áreas de quilombos; e para a capacitação de guias turísticos. Também serão autorizadas ações nas áreas de Segurança Pública, Infraestrutura, Turismo, entre outras.

A agenda começou às 8h, na Praça da Aclamação, onde Jerônimo participa da solenidade de hasteamento das bandeiras, com execução dos hinos Nacional, da Bahia e de Cachoeira, pela Banda de Música da PM e pela Filarmônica 25 de Junho. A celebração do Te Deum, na Igreja da Ordem Primeira, aconteceu logo em seguida.

Na sequência, às 10h, o governador integra a sessão solene realizada na Câmara Municipal, ao final da qual fará as entregas e assinaturas. Às 11h30, ele se dirige à Fundação Hansen Bahia para o lançamento da Flica 2024. Às 15h está previsto o Desfile Cívico Militar, na Rua da Feira.

Conforme publicado pelo BNews, durante o ato solene de transferência da sede do governo da Bahia para Cachoeira, o governador afirmou que pediu ao Governo Federal, através do Ministério da Educação, a inclusão da história do 2 de Julho nos currículos escolares do país e também nos livros.

“Não é a história da Bahia, não é a história de Cachoeira. É a história do Brasil. E eu encaminharei a partir de hoje um documento ao ministro Camilo [Santana, da Educação], orientando que os livros, que o nosso currículo do MEC, possa contar a história real da gente. Nós não vamos negar a outra história. Inclusive reconhecemos pontos importantes da independência do Brasil no 7 de Setembro. Mas o 2 de Julho e o 25 de Junho são muito importantes pra gente”, disse Jerônimo Rodrigues, que prosseguiu com a fala:

“O Brasil foi governado por muito tempo por pessoas que ficavam em Brasília de costas para o Brasil. Não olhavam para o Nordeste. E nós precisamos mostrar o nosso potencial. A independência do Brasil começou aqui. A resistência a luta. Tanto quanto Santo Amaro […]. E nós, na celebração do 2 de Julho, iniciando aqui com o governo se instalando em Cachoeira, nós temos a oportunidade de mostrar ao Brasil essa força”, concluiu.