Depois de ser ovacionada, no último domingo (1º), ao lado do elenco de “Ainda Estou Aqui”, no Festival de Cinema de Veneza, Fernanda Torres entrou para a lista de cotadas para o Oscar 2025. O longa de Walter Salles, baseado em livro de Marcelo Rubens Paiva, foi aplaudido por dez minutos.
O filme arrancou elogios da crítica internacional, com destaque especial para o trabalho de Torres, filha de Fernanda Montenegro, que concorreu ao Oscar de Melhor Atriz em 1999, por “Central do Brasil”.
Sites especializados citam a brasileira entre as dez possíveis nominadas à categoria. A Variety, por exemplo, chamou a atuação de Fernanda de “soberba” e “profundamente pungente”. A mesma publicação já havia colocado o filme de Walter Salles entre os cinco com chances de disputar a categoria Melhor Filme Internacional.
O Indiewire define o trabalho de Torres como “tão espetacular quanto sua filmografia sugere” e classifica o longa como um “emocionante registro histórico do Brasil”. Já o The Hollywood Reporter diz que Fernanda atua com “extraordinária graça e dignidade”, enquanto o Deadline aposta que o filme pode colocar a atriz na disputa pelos principais prêmios da temporada.
Em “Ainda Estou Aqui”, a atriz vive o papel de Eunice Paiva, mulher que teve de criar os cinco filhos sozinha depois que o marido, o deputado Rubens Paiva, foi preso, torturado e morto na ditadura militar. A personagem lutou para que o desaparecimento do marido fosse investigado pelo Estado brasileiro, mas só em 1996 que ela conseguiu um atestado de óbito. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade denunciou militares pela tortura e a morte de Rubens Paiva.