Na última quarta-feira (4), uma operação da polícia em 5 estados bloqueou mais de R$ 2 bilhões de 50 pessoas e empresas, incluindo a influenciadora Deolane Bezerra, que foi presa no Recife.
Como funcionava o esquema que prendeu Deolane, segundo a polícia?
Para a polícia, a história começa com a apreensão de um saco de dinheiro de jogo do bicho em 2022. Os R$ 180 mil e um caderno com anotações estavam em uma banca de jogos no Recife que pertence a Darwin Henrique da Silva. Segundo a polícia, ele é um bicheiro conhecido na cidade.
No mesmo esquema apareceu Darwin Filho, que é filho do bicheiro e dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte, que é legalizada e tem sua sede em Curaçao, uma ilha do Caribe.
Quem aposta na plataforma faz depósitos via PIX para uma outra empresa, a Pay Brokers – Facilitadora de Pagamentos, com sede em Curitiba.
“É uma estrutura ilegal de jogos que estava se beneficiando da estrutura legal para o branqueamento de capitais. A origem dos principais sócios dessa organização foi o jogo do bicho. Quando surgiu a bet e a bet foi legalizada, nós vimos a migração de pessoas que tinham sua atividade no jogo do bicho, que é ilegal, migrando para a bet”, conta Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, secretário de Defesa Social de Pernambuco.
Em vídeos na internet, Deolane faz propaganda para a Esporte da Sorte, plataforma de Darwin Filho.
Bloqueio de R$ 34 milhões vinculados a Deolane
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões de Deolane e de R$ 14 milhões da empresa dela por suspeita de lavagem de dinheiro. Na delegacia, a influenciadora afirmou que a renda mensal dela é de R$ 1,5 milhão.
A defesa de Deolane Bezerra diz que mantém plena confiança na Justiça e que segue trabalhando incansavelmente pelo restabelecimento de sua liberdade, convicta de que sua inocência será plenamente comprovada.